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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Com Joel Santana de "guru", Cerezo conta como está a preparação do Vitória


Toninho Cerezo tem a missão de reorganizar o time do Vitória e conduzir à Primeira Divisão o clube que o projetou como treinador no Brasileiro de 1999. Em entrevista exclusiva ao CORREIO, o mineiro de 56 anos falou sobre o psicológico do grupo, o estilo de time que vai querer ver em campo e a relação de amizade e admiração que tem com o técnico do rival Bahia, Joel Santana.

O que te surpreendeu nesta pré-temporada?
A tristeza do grupo. Jogadores um pouco tristes, um pouco arredios. Também, depois de uma situação dessa que o Vitória passou, não subir por causa de um ponto, isso abala o grupo. A gente leva um pouco de tempo e, quando a bola começar a rolar, esquece. Quando eu cheguei aqui, eu fiquei uns quatro dias só observando, porque eu acho que eu não sou um bom treinador, mas eu joguei 30 anos de futebol e de grupo eu conheço pra caramba. Conheço demais de grupo, então eu fiquei observando. Agora já sinto um grupo mais alegre, mais à vontade. Eu fui jogador e sei como é o outro lado.

Você disse que daria um prazo até a última sexta-feira para quem estivesse insatisfeito se manifestar, pois só queria no grupo jogadores que quisessem ficar no Vitória. Algum deles chegou a conversar com você?
Chegar não chegou não, mas a mensagem foi dada e eu vi depois, nesses dias, sempre em campo uma carga muito positiva, todo mundo querendo, correndo, se aplicando, escutando, com olhar de atenção e isso significa que é uma boa resposta.

Sua única experiência na Série B foi em 2010, com o Sport, mas sua passagem foi bem rápida por lá. O que aconteceu?
Na realidade, no Sport, o que aconteceu foi que chegou um grupo novo de empresários com um novo treinador. Foi só isso. Eu tive uma reunião com esse grupo de empresários, eles se posicionaram me oferendo ajuda, disseram que estariam do meu lado (e estavam), com outro treinador já contratado, esperando eu perder. Eu tive a felicidade de ter um presidente que foi honesto comigo, me chamou e me disse que não podia fazer aquilo comigo, que o grupo já tinha um treinador contratado. Fui na concentração, reuni os jogadores, me despedi deles e fui embora. Tava montando o time, o Marcelinho (Paraíba) do São Paulo, fui eu que liguei pro São Paulo. Eu tava fazendo a equipe.

Como é sua relação com Joel Santana, agora principal rival? Vocês são amigos, né?
Ele é meu guru. Eu ligo sempre pra ele, peço orientação e nossa relação é muito boa. Joel é uma pessoa que eu tenho uma estima muito grande. Ele foi o único treinador que me neutralizou num jogo. Ele fez um esquema de marcação que eu não andei e o treinador me tirou no segundo tempo. Aquilo me marcou. Eu tava jogando no São Paulo ainda, era uma final contra o Fluminense e Joel era o técnico. Eu tenho que fazer muita estrada pra chegar àqueles cabelos brancos ali. Agora fica complicado ligar pra ele.


Você já conversou com a diretoria sobre os jogadores que estão fazendo a pré-temporada, mas não serão utilizados?
Não, porque nós estamos no começo de trabalho. Antes da gente começar a temporada, aí a gente vai conversar. Achei muito importante ter o grupo todo na mão, treinar todo mundo e depois, se alguém tiver que sair, esse jogador vai sair bem preparado fisicamente, fazendo toda a pré-temporada pra ser utilizado numa outra equipe. Estamos com 21 jogadores. A ideia é ter um grupo com dois times e quatro goleiros.

Qual é o perfil do atleta que você quer pro Vitória?
Eu quero um jogador que seja guerreiro. Série B precisa de jogador guerreiro e que seja bom de grupo, pra que a gente tenha o mínimo de problemas no campeonato.

Quer que contrate jogadores para quais posições?
Temos que ver a resposta durante essa preparação agora. Tem jogadores que vão crescer nessa preparação, tá todo mundo se dedicando. Vamos procurar armar nossa equipe durante o estadual.

Voce pretende aproveitar atletas que estão disputando a Copa São Paulo?
Não. Eles precisam de mais cancha, de fazer uma pré-temporada, mais estrutura. A pegada no profissional é outra e eu acho que temos que ter essa consciência, pois não podemos ter um time muito jovem. Nós já estamos com alguns meninos. Os que já estão aí, nós vamos prepará-los fisicamente.

Qual o estilo de time que você quer montar?
Um time competitivo, com um bloco de jogadores competitivos, pra jogar e não deixar jogar.

Durante a carreira de jogador, você foi capitão algumas vezes. Já visualiza algum candidato a capitão do Vitória?
Não. Eu não quero ter um capitão, mas pelo menos seis ou oito jogadores em campo que possam falar, discutir, reclamar, cobrar, porque isso é fundamental no mundo da bola. Até porque a gente trabalha com o cansaço, e quando você tá muito cansado, o seu raciocínio diminui. Então, se você tem companheiros que fazem funcionar o que você quer, isso ajuda muito. Hoje em dia eu vejo mais a liderança em grupo.

Você é um treinador “boa praça”. O que te tira do sério?
Eu só fico chateado quando um jogador vai pra dentro do campo com má vontade, porque aí ele atrapalha o meu trabalho e o dos colegas. É o momento que eu fico chateado. O resto você tem que aprender a escutar. Como eu sou uma pessoa muito aberta a diálogo, sempre deixo bem claro pra eles que se um jogador não está em um momento legal ou está com algum problema, pode nos procurar.

Na estreia do Baiano já vai dar pra colocar o time ideal?
Não, porque tá vindo muito pingado. O Michel acabou de chegar, por exemplo. E a gente tem que fazer o atleta passar por fases. Lúcio Flávio, por exemplo, no ano passado não teve tempo para se preparar, foi logo jogando e não teve um rendimento bom pra ele. Vamos preparar todos e alguns vão entrar no decorrer do campeonato.

Vitória é favorito no Baiano?
Ainda estamos numa luta danada pra conseguir montar o plantel. Mas, sem dúvida, pela grandeza do Vitória, sempre entra pra ganhar, o objetivo é sempre esse. Esperamos conseguir esse campeonato.

fonte:correio da bahia