Apesar da expectativa pela divulgação da lista dos jogadores para a partida contra a Bósnia, no próximo dia 28, na Suíça, a possível queda de Ricardo Teixeira do comando da CBF tomou conta dos bastidores da convocação da seleção brasileira, nesta terça-feira, em um hotel na zona sul do Rio de Janeiro.
Enquanto os jornalistas buscavam saber os desdobramentos da crise enfrentada pelo mandatário, a diretoria da entidade se esforçava para "esconder" o problema. Diante de um clima visivelmente pesado, a preocupação interna era evitar qualquer tipo de comentário sobre o assunto.
Ainda assim, Mano Menezes não teve com escapar dos questionamentos sobre uma possível saída de Teixeira. Sucinto, o treinador da seleção seguiu a risca as "orientações", se esquivou do caso e evitou novas polêmicas.
"Não tenho nenhuma informação. Se tivesse, não diria. É uma questão que não cabe a mim. Não analiso hipóteses. São coisas muito importantes para que o técnico da seleção tenha de emitir opinião. Tenho muitos assuntos para opinar, vou me prender a eles somente", disse Mano.
Diretor de comunicação da CBF e homem de confiança do presidente, Rodrigo Paiva não escondia a preocupação com o "burburinho". Apesar de nitidamente evitar o assunto, o assessor acabou respondendo as indagações de alguns presentes. "Estou em contato direto e nada disso foi falado. Ele também não tem nenhum problema de saúde, como as pessoas disseram por aí", respondeu.
A postura de Mano e Rodrigo foi a mesma de Andrés Sanchez, que visitou a sede do Flamengo na última segunda-feira e se limitou a dizer que tudo não passava de um boato.
Mesmo com todas a orientação para que não se comente nada com pessoas de fora da CBF, alguns funcionários da entidade não evitaram o assunto em conversas informais no saguão do hotel e mostraram o clima pesado que tem tomado conta dos bastidores. "É, a batata do homem (Ricardo Teixeira) está 'assando'. Nunca imaginei isso", comentou um personagem ligado à diretoria da confederação.
