sábado, 25 de fevereiro de 2012
Cerezo tem problemas para achar o time ideal e Vitória não engrena no campeonato
Paciência. Essa é uma palavra difícil de encontrar no dicionário do torcedor. E é exatamente ela que o técnico Toninho Cerezo mais exige dos rubro-negros nesse início de temporada.
Até aqui se passaram dez rodadas e nem os leões mais fiéis sabem qual a base do time titular do Vitória. Pior, a campanha irregular não ajuda o treinador a seguir tranquilo com suas experiências. Com apenas 17 pontos em 30 disputados, o Leão só venceu três vezes e acumula cinco empates até então.
Nas últimas três rodadas, três formações diferentes. No clássico Ba-Vi, o indecifrável meio formado com quatro volantes. Resultado: 0x0 no placar e um Vitória sem conseguir incomodar o rival.
Na sequência, triunfo por 3x1 sobre o Camaçari.
Dessa vez, um time com dois volantes e dois meias de criação. No empate por 0x0 com o Atlético, em Serrinha, três atacantes, com Marquinhos no meio.
O volante Mineiro, presente nas três ocasiões, jogou como meia no Ba-Vi e como volante nos últimos dois jogos. “Ele (Toninho Cerezo) tá tentando fazer uma formação pra dar certo. No que ele me colocar, tô jogando. É assim mesmo”, pede paciência o jogador, suspenso pro jogo contra o Serrano, domingo, no Barradão.
Além de ressaltar que precisa conhecer jogador por jogador, Cerezo utiliza como justificativa as ausências dos atacantes Índio e Rildo, ambos em processo de recuperação de lesões musculares. “Precisamos de um homem que caia bem pelas laterais. Tanto o Rildo como o Índio estão no departamento médico.
Precisamos de mais posse de bola. Precisamos marcar antes disso e agora é necessário ter uma bola mais limpa. Vamos chegar lá”, argumentou o treinador, logo após o empate no Marianão, em Serrinha.
Dificuldade Apesar de ter Geovanni, Lúcio Flávio e Pedro Ken à disposição, Cerezo vem insistindo na necessidade do clube trazer um meia que tenha como característica um bom poderio individual.
Tartá, contratado junto ao Fluminense, é o boleiro que mais se aproxima dessa característica, mas também está no DM recuperando-se de lesão. Também no meio, porém um pouco mais atrás, Uelliton vinha como titular absoluto na frente da zaga. Machucado, abriu espaço para Michel, que garante sentir dificuldade com o excesso de mudanças.
“Já joguei com Uelliton, Mineiro, Rodrigo Mancha, Róbston. Só não joguei com Pedro Ken, que também é mais meia... A dificuldade maior é porque você ainda não conhece bem o seu companheiro”, ressalta o volante, que vem de cinco temporadas seguidas como titular no Ceará.
Apesar de consistente, a zaga, que até aqui sofreu apenas sete gols - é a menos vazada ao lado da defesa do Feirense, também vem sofrendo alterações. Victor Ramos ganhou a posição de Dankler há dois jogos e Rodrigo, contratado com status de titular, ainda nem estreou. “Tem muito chão ainda. Tem que arrumar pensando nas finais”, diz Victor. Mas é bom se ligar!
FONTE:CORREIO DA BAHIA