terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Falcão chega ao Bahia, vê 'nova fase' e chama rival de irmão
O ex-comentarista Paulo Roberto Falcão, 58, foi apresentado oficialmente como novo técnico do Bahia na tarde desta terça-feira em um hotel no litoral baiano. Segundo ele, o motivo de ter aceitado o convite, além da "grandeza do clube" e da conversa "otimista e objetiva" que teve com a diretoria, foi "a vontade de entrar numa nova fase" na carreira.
Falcão é apresentado ao lado do presidente do clube, Marcelo Guimães Filho, e do auxiliar Julinho Camargo
Falcão, que dirigiu a seleção brasileira em 1990 e 1991 e depois teve passagens por América do México e Internacional até 1993, passou 14 anos trabalhando na Rede Globo antes de decidir voltar a ser treinador.
O retorno aconteceu em 2011, de abril a julho no Inter, onde é ídolo. Apesar do título gaúcho, a queda nas oitavas da Libertadores e uma série de três derrotas no Campeonato Brasileiro derrubaram o ex-atleta.
Agora, vai reencontrar Toninho Cerezo --companheiro de seleção na Copa do Mundo de 1982, quando formou um meio-campo exaltado até hoje--, atualmente técnico do Vitória, maior rival do Bahia.
"Cerezo é um parceiraço. Jogamos juntos no Mundial e depois na Roma. Futebol tem dessas coisas e ele nunca vai ser um inimigo, apenas um adversário. O Cerezo é um grande amigo, um irmão, e vai ser muito bom", frisou.
Sua estreia acontecerá no domingo, exatamente em um clássico Ba-Vi. Nesta quarta, a equipe recebe o Vitória da Conquista, em casa, pela sétima rodada do Estadual.
"Tem que ser passo a passo. Eu volto hoje para Porto Alegre para resolver algumas coisas e retorno na sexta-feira, mas o Julinho [Camargo, auxiliar e treinador do Grêmio em seis partidas na temporada passada] fica", afirmou.
Falcão ainda comentou a pressão em torno da conquista do título baiano, que o Bahia, embora seja o recordista de taças em âmbito doméstico, não ganha desde 2001.
"Evidente que essa é uma preocupação. Ganhar o Baiano é o nosso primeiro objetivo, mas o projeto passa por algo além disso. Mas não é um campeonato fácil. Minha motivação também ter a ver com isso. Tive felicidade de ganhar o Gaúcho no ano passado e, quando cheguei, o Internacional já havia perdido o primeiro turno", finalizou.
Ele também destacou o objetivo de aproveitar garotos da divisão de base do time.