sábado, 17 de março de 2012
Presidente diz que o Bahia sofreu prejuízos com intervenção da justiça
Após efeito suspensivo que o Departamento Jurídico do Bahia conseguiu junto à justiça, no início da tarde desta sexta-feira, 16, o presidente Marcelo Guimarães Filho está de volta ao comando do clube.
Em entrevista coletiva que concedeu para falar do seu retorno ao Fazendão após dois dias de afastamento, o mandatário tricolor comemorou a decisão judicial e falou que o clube teve prejuízos durante o período em que esteve longe da administração.
"Eu fico feliz com a decisão. Já era algo esperado, porque a gente sempre teve certeza de que o direito estava do nosso lado. Nós tivemos razão o tempo inteiro nessa disputa judicial. O prejuízo fora de campo a gente ainda vai calcular, porque o clube ficou três dias parado. Nesses três dias, não pudemos pagar fornecedor. Certamente pagaremos essas faturas com juros. Na prática, ficamos três dias sem funcionar. Esse foi o prejuízo fora de campo", disse o presidente.
Embora tenha dito que não guardará mágoas dos seus opositores, Marcelinho ressaltou que, caso sofra uma eventual derrota no clássico Ba-Vi do próximo domingo, 18, no Barradão, a intervenção provocada pelos seus adversários políticos justificará o fracasso.
"Eu não tenho mágoa pessoal com ninguém. Eu acho que as pessoas devem buscar a justiça, se acharem que têm alguma reparação a fazer. O debate de ideias é fundamental. Mas, obviamente que houve um prejuízo ao clube. Mais de 90% da torcida percebeu que essa foi uma ação que prejudicou o clube. Nós vamos fazer de tudo para vencer o Ba-Vi, mas é óbvio que nós tivemos um prejuízo no trabalho. Evidente que, se nós tivermos um mau resultado no domingo, as pessoas que deram causa a essa ação têm que ter responsabilidade. Se o Bahia não vencer o jogo domingo, evidentemente que as pessoas que deixaram o clube parado por três dias, deram causa a isso. Sem dúvidas", disparou.
Indagadado sobre por que ainda não apresentou a lista de conselheiros do clube para que, em atendimento aos pedidos da oposição, possa tornar o processo eleitoral mais transparente, Marcelo Filho desconversou e disse que a sua administração tem atuado dentro da legalidade.
"Não apresentamos porque não é preciso. Não é nada ilegal. As sucessivas eleições presidencias têm nos mostrado isso. Nós estamos fazendo o que está dentro do estatuto e dentro da lei. Temos que recorrer a todas as instâncias. Nós estamos fazendo a coisa de maneira correta e a decisão do juiz foi equivocada. Não se tratou em momento nenhum de eleição direta. Não há nada que se corrigir. Tudo foi feito de maneira correta", finalizou.
Entenda o caso - A briga judicial no Bahia, que começou na disputa eleitoral de dezembro do ano passado, teve novo capítulo na última quarta-feira, 14, quando o juiz Paulo Albiani, da 28ª Vara Cível, decretou em caráter de sentença que o Bahia ficaria novamente sob intervenção do advogado Carlos Rátis.
O ex-conselheiro e oposicionista Jorge Cerqueira Maia moveu o processo, apontando irregularidades no conselho deliberativo do clube. Rátis tinha como primeira função convocar eleições para formar um novo conselho.
Contudo, o interventor, impedido por um computador quebrado, sequer teve acesso à lista de conselheiros do clube. A diretoria tricolor ganhou tempo e, no início da tarde desta sexta-feira, o desembargador Gesivaldo Brito, do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, concedeu efeito suspensivo e devolveu Marcelinho à presidência.
FONTE:ATARDE