sexta-feira, 16 de março de 2012
Segundo um novo estudo, quem tem uma hora e 20 minutos a menos de sono desenvolve a a tendência de consumir 549 calorias extras
Dormir menos provoca mais danos ao corpo do que um cansaço posterior. Segundo um novo estudo, quem tem uma hora e 20 minutos a menos de sono desenvolve a a tendência de consumir 549 calorias extras --o equivalente a um lanche de fast-food.
Apesar de apenas 17 pessoas serem incluídas participado da pesquisa, estudos anteriores já indicaram uma relação entre a falta de sono e a obesidade.
As condições analisadas desta última pesquisa englobaram medição de horas dormidas no experimento, alimentos consumidos e atividades físicas.
Mas, entre outros itens, o que chama a atenção é que o hábito alimentar dos que dormiram livremente não mudou, enquanto que o oposto foi verificado no grupo que teve o sono privado.
Estudos anteriores indicam que menos horas de sono afeta o consumo de comida pela redução da produção de um hormônio, a leptina, que inibe o apetite. Ao mesmo tempo, aumenta um outro, a grelina, conhecido também como o "hormônio da fome".
Neste, organizado por médicos cardiologistas da Mayo Clinic, uma companhia norte-americana de saúde, descobriu-se que o processo é inverso. Os níveis de leptina aumentaram e o de grelina, diminuíram, quando a pessoa dormiu menos.
O autor principal do estudo, Virend Somers, acrescenta: "E quanto mais gordura você tem, mais leptina você produz."
Para chegar a essa conclusão, os voluntários tiraram três noites de sono em que puderam dormir uma média de seis horas e 30 minutos.
Depois, foram divididos em dois grupos, com nove deles seguindo o modelo-padrão de sono durante oito dias. Os demais reduziram o período para uma média de cinco horas e dez minutos --o mesmo que uma hora e 20 minutos a menos de sono.
Somers lembra que este é um estudo piloto e precisa ser aprofundado. Mas cita: "Muitos jovens passam horas usando a tecnologia, como em websites como o "Facebook", impedindo-os de ter sono [considerado] suficiente. Isto possui um impacto na obesidade? Talvez sim."
O estudo foi apresentado nesta semana no encontro da Associação Americana do Coração, em San Diego.
fonte;uol