(foto-Sergio Carneiro)
A Bahia está próxima de sofrer uma perda no Congresso Nacional. O deputado federal Sérgio Carneiro deve deixar Brasília, devido a mudanças na composição do secretariado do governador Jaques Wagner e também no 1º escalão do governo da capital.
Suplente, Sérgio cai da titularidade, diante do retorno dos deputados Zezéu Ribeiro e João Leão. O primeiro deixa a Secretaria de Planejamento do Estado para que Wagner possa acomodar seu pupilo Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras. Leão sai do Gabinete de João Henrique movido por uma pré-candidatura a prefeito de Salvador.
Sérgio, quarto suplente, perde o mandato. O suplente que permanece em Brasília é Popó, o boxeador.
Com todo o respeito ao homem dos ringues, essa é uma grande contradição. A Bahia perder um representante da qualidade de Sérgio, relator do projeto do novo Código Civil e manter Popó é algo prejudicial ao Estado, sob o aspecto político.
O parlamentar feirense, que não se reelegeu por conta da falta de apoio na capital por parte do seu irmão, João Henrique, é um dos melhores deputados do país, como muitos reconhecem e os cargos que tem ocupado na Câmara revelam.
Popó é um brincalhão que vive fazendo a alegria da turma do CQC. Mas não é ele, Popó, o responsável pela mudança, óbvio. Não tem culpa alguma e deve continuar por Brasília, fazendo-se sabe-se lá o quê.
Em Feira, a reação mais consistente a essa mudança ruim para a Bahia partiu do vereador Marialvo Barreto, colega de Sérgio no PT. Ele defendeu, em discurso na Câmara, a permanência de Sérgio no Congresso Nacional pelo menos até que ele conclua o seu trabalho como relator do projeto do novo Código Civil.
Ele faz faz um apelo ao Partido dos Trabalhadores, “em especial ao governador Jaques Wagner, que faça uma gestão em prol da permanência do deputado Sérgio Carneiro até o fim de sua missão no cargo de relator da Comissão Especial do Código de Processo Civil”.
Marialvo elogia o deputado feirense, destacando a competência e o respeito que Sérgio Carneiro tem em nível nacional. Na opinião do petista, será um prejuízo muito grande para a Bahia e, sobretudo, para a reforma do CPC, caso o partido não assegure a continuidade do deputado na relatoria. “Eu tenho acompanhado pela internet o que está acontecendo, e sei que no dia 30 de março ele poderá ficar sem o mandato”.
FONTE:TRIBUNA FEIRENSE/TEXTO-Valdomiro Silva