sexta-feira, 11 de maio de 2012
Seca: trinta e sete municípios baianos fazem mudança na grade dos festejos juninos
FOTO:ZONA RURAL DE SERRINHA
Em virtude da crise financeira e social causada pelos efeitos da seca no Nordeste, onde 223 municípios baianos já decretaram situação de emergência, muitos prefeitos (as), pressionados pela falta de recursos para combater a seca e ajudar o povo na busca de água e alimento e ao mesmo tempo realizar os festejos juninos, tomaram a decisão de adiar ou diminuir os dias de festa. Até a presente data 20 municípios já cancelaram as festas e 17 diminuíram a programação.
Presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, alerta os prefeitos que, “neste momento é preciso agir com cautela e coerência. Sabemos da tradição dos festejos juninos em nosso estado, mas também sabemos e vivemos a angustia do povo sertanejo que sofre com a pior seca dos últimos 30 anos. Sei que estamos em ano eleitoral e o cancelamento das festas pode prejudicar, mas pior ainda é fazer as festas num momento de sofrimento do povo. Por isso, decidam junto com o povo e sejam coerentes”.
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA) publicou um decreto orientando aos gestores que os gastos com os festejos juninos não podem ser maiores do que os praticados em anos anteriores, assim como devem levar em consideração os recursos financeiros em caixa, para que os festejos não prejudiquem a ação de combate a seca.
Para dar exemplo aos gestores que vivenciam o dilema de realizar os festejos ou não nestes tempo de seca, o prefeito Luiz Caetano, mesmo governando uma cidade fora do eixo da seca, diminui o tradicional Camaforró para três dias. “Eu não poderia agir diferente. É preciso dar exemplo daquilo que estamos falando. Por isso tomei essa decisão no meu município”.