quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Justiça nega habeas corpus para PM e dançarino da New Hit
O dançarino Alan Trigueiros, da banda New Hit, teve o pedido de liminar de habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A decisão foi publicada no Diário Eletrônico da Justiça desta quinta-feira (13). O pedido havia sido protocolado pelo advogado Leite Matos na quarta-feira passada (5). O dançarino e oito integrantes da New Hit são acusados por duas adolescentes de estupro.
Além de negar o pedido, o desembargador Lourival Almeida Trindade, integrante da segunda turma da Primeira Câmara Criminal, solicitou mais informações sobre o caso à Vara Criminal de Ruy Barbosa para uma análise mais embasada do processo.
O soldado Carlos Frederico Santos de Aragão, acusado de ter dado cobertura ao crime, também teve o habeas corpus negado pelo TJ. O policial, que deve responder a um inquérito administrativo pela participação no caso e por estar trabalhando como segurança da banda, está preso no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas. Ele é representado pelos advogados Eduardo Bouza Carracedo, Gabriela Sá Campos, e Sidney Machado Souza.
No dia 6, o desembargador Lourival Almeida de Trindade, do TJ-BA, já havia negado habeas corpus para oito integrantes da New Hit: Guilherme Augusto, Eduardo (Dudu) Martins, Willia Ricardo, Micael Melo, John Ghendow, Jefferson Pinto, Edson Bonfim e Weslen Lopes. Eles são representados pelo advogado Cleber Nunes Andrade.
Laudo realizado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) confirmou que houve violência sexual contra as duas adolescentes. Os integrantes da banda continuam presos no Presídio Regional de Feira de Santana.
O delegado Marcelo Cavalcanti, titular de Ruy Barbosa e responsável pela investigação, aguarda o resultado da perícia nas roupas que as jovens usavam durante o estupro para dar continuidade ao inquérito.
Estrupro após show:
As duas jovens, de 16 anos, dizem que o estupro ocorreu após um show em Ruy Barbosa, na Chapada Diamantina, em 16 de agosto. Elas afirmam que, com o fim do show, foram ao ônibus da banda pedir autógrafos e acabaram sendo violentadas no banheiro do veículo.
Segundo a polícia, o soldado impediu a entrada de outras fãs no ônibus enquanto os músicos de pagode realizavam o abuso. "Enquanto eles abusavam das adolescentes, o policial ficava na porta do ônibus impedindo que outras pessoas vissem o que estava acontecendo lá dentro, segundo relato das vítimas", disse o delegado ao Correio24horas.
Em depoimento, os acusados negaram ter praticado o crime. "Eles disseram que houve a relação com as jovens mas foi consensual" contou o titular.CORREIO DA BAHIA