segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Advogado de Bruno nega que pedirá suspensão do júri, e promotor diz ter material para condenar cinco réus
O advogado do goleiro Bruno Souza afirmou na manhã desta segunda-feira (19) que a defesa do réu não irá pedir a suspensão do júri do ex-jogador do Flamengo, previsto para começar hoje em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte). “Queremos ir para o julgamento”, disse Francisco Simin. Até então a defesa do acusado pelo desaparecimento de Eliza Samudio, ocorrido em 2010, anunciava que iria pedir a suspensão do júri até que recursos apresentados em tribunais superiores fossem apreciados.
Questionado se irá apresentar alguma prova nova para tentar inocentar seu cliente, Simin respondeu que cabe à acusação provar a culpa de Bruno. “Eles que têm que apresentar prova”, disse. A falta de um corpo que comprove a morte da vítima deve ser a principal arma a ser empregada pela defesa, segundo Zanone Júnior, advogado de um dos réus, Bola.
O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro, responsável pela acusação, disse hoje, antes do julgamento, que tem material probatório para condenar os cinco réus: Bruno, Luiz Henrique Romão, o “Macarrão”, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", acusado de ser o executor do crime, Dayanne e Fernanda Castro. Ele acredita que o júri deve durar de duas a três semanas.
Simin também defende a ex-mulher do goleiro Dayanne Souza. De acordo com ele, a defesa da ré não irá pedir o desmembramento do júri, mas se isso ocorrer “será muito bom para elas [Dayanne e Fernanda Castro, amante de Bruno]”.
Parentes do Bola estenderam faixa de apoio a ele na lateral do fórum, onde se lê: "Marcos é um filho precioso, irmão para todos os momentos, neto atencioso, esposo companheiro, pai maravilhoso e um vovô muito amado. Te amamos, sua família".
Uma das filhas de Bola, Middian Kelly dos Santos, disse que foi orientada a não dar entrevista, mas afirmou "que a Justiça vai ser feita com a absolvição dele [pai]".