terça-feira, 20 de novembro de 2012
Após ser desmentido por caseiro, ex-motorista diz que "estava doidão" ao acusar Bruno
Logo após deixar o salão dó júri, onde acompanhou nesta terça-feira (20) o segundo dia do julgamento do caso Eliza Samudio, Cleiton Gonçalves, ex-motorista do goleiro Bruno, afirmou que não tem informações sobre as denúncias contra seu ex-patrão e amigo. "Não sei nada. Eu tava doidão", disse.
Em interrogatório, o ex-motorista disse ter ouvido do jogador, em 6 de junho de 2010, após uma partida de futebol no sítio do goleiro em Esmeralda (MG), que tinha dado “merda” com relação à Eliza, sugerindo que ela poderia ter sido morta.
No mesmo depoimento, ele afirmou ter ouvido de Sérgio Rosa Salles, primo do goleiro --morto em agosto em um crime passional, segundo a polícia-- que “Eliza já era”. Cleiton ainda afirmou à delegada que ouviu de Salles que os restos da vítima haviam sido jogados a cães da raça rotweiller.
Ontem, Cleiton disse que prestou depoimento à delegada Alessandra Wilker, em 2010, algemado e sob intensa pressão psicológica da polícia.
Hoje, no entanto, João Batista Guimarães, o ex-caseiro do sítio em Esmeraldas, contradisse esta versão e, questionado pelo promotor Henry Castro, afirmou que o interrogatório ocorreu com tranquilidade e que Cleiton não usava algemas. João Batista acompanhou o depoimento de Cleiton à polícia.
“Foi muito tranquilo”, disse. “Ele [Cleiton] estava à vontade”, acrescentou a testemunha, negando que Cleiton tenha sido ameaçado pelos policiais durante o interrogatório.