domingo, 16 de dezembro de 2012
BR-324 tem três trechos entre os mais perigosos de todo o país
Se você está planejando sair de Salvador para as festas de fim de ano pela BR-324, é bom redobrar o cuidado. A rodovia, uma das principais do estado, tem três trechos entre os 100 mais perigosos do país – dois deles logo na saída da capital (km 610-620 e 620-630) e outro na chegada em Feira de Santana (km 510 ao 520).
Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os três trechos somaram, entre janeiro e setembro deste ano, 812 acidentes com 36 mortes e 377 feridos. O pior deles, que vai do km 610 ao 620, entre a Brasilgás e a Palestina, ficou na 41ª posição entre os mais perigosos do país (375 acidentes, 149 feridos e 10 mortes). O trecho anterior (sentido Salvador-Feira), do km 620 ao 630, foi o 72º colocado. Entre os dois, na 64ª colocação, ficou o trecho entre os km 510 e 520, já em Feira de Santana.
A divulgação dos dados faz parte da campanha nacional Operação Integrada-Parada Rodovida 2012/2013, que entre o Natal e o Ano-novo terá ações de conscientização e fiscalização pelos ministérios da Justiça, da Saúde, do Transporte e das Cidades. Na Bahia, a campanha foi lançada ontem, em Simões Filho, pelo ministro dos Transportes, Paulo Passos. É neste período que, segundo a PRF, ocorre maior número de acidentes de trânsito.
O Índice de Gravidade, que classifica os trechos, define pesos para os acidentes (sem vítima: 1 ponto; com vítima: 5 pontos; com morte: 25 pontos). Para o cálculo, multiplica-se o número de acidentes registrados no trecho pela pontuação de cada tipo. O trecho mais perigoso do país é na BR-101, altura da cidade de Palhoça (SC).
Problemas
Segundo o superintendente substituto da PRF na Bahia, inspetor Virgílio Tourinho, o principal problema na BR-324 é o número elevado de carros e pedestres na região. “O fluxo de veículos é maior, além de ter várias passagens de pedestres, nem sempre com passarelas”, pondera.
Para ele, o alto índice de acidentes não tem relação com as condições da via. “A BR-324 está bem sinalizada. O problema é a imprudência. Se o condutor prestasse atenção às leis de trânsito, não se envolveria em acidentes. Excesso de velocidade, ultrapassagens proibidas, falta de revisão no carro, dirigir embriagado, tudo isso contribui”, lamenta.
Na Bahia, segundo Tourinho, as principais causas de mortes são excesso de velocidade, ultrapassagens indevidas e embriaguez. “O mais comum é colisão traseira. A pessoa se distrai, não percebe que o carro da frente freou e acaba chocando”. As informações são do Correio.