quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Ministro japonês diz que idosos devem 'se apressar e morrer' para poupar gastos do governo com Saúde
O ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, 72, disse nesta terça (22) que os idosos devem ser autorizados a “se apressar e morrer” para aliviar a pressão sobre o Estado, responsável pelo pagamento das despesas médicas.
"Deus me livre de ser forçado a viver se quisesse morrer. Eu acordaria me sentindo cada vez mais pior sabendo que (o tratamento) foi todo pago pelo governo - disse ele, durante uma reunião do Conselho Nacional de Reformas da Segurança Social. - O problema não será resolvido, a não ser que você deixe que eles se apressem e morram".
Quase um quarto dos 128 milhões de japoneses tem mais de 60 anos. A proporção deve aumentar para 40% nos próximos 50 anos. O aumento nos custos sociais, especialmente para os idosos, está por trás de uma decisão -tomada no ano passado- que aumenta em 10% os impostos sobre as vendas nos próximos três anos.
O ministro disse também que pretende recusar os “cuidados no fim da vida”. “Eu não preciso desse tipo de atendimento”.
Segundo a mídia local, Aso disse ainda que deixou recomendações à sua família para que negue prolongar sua vida por meio de tratamentos médicos. Mais tarde, Aso falou sobre seus comentários e disse que sua linguagem havia sido “inapropriada” para um evento público e que ele estava falando apenas sobre sua preferência pessoal.
De acordo com um relatório divulgado nesta semana, 40% das famílias que recebem assistência social tem algum membro maior de 65 anos. O governo japonês planeja reduzir gastos com assistência no próximo orçamento, que deve entrar em vigor em abril. Os detalhes sobre os cortes devem ser divulgados nos próximos dias.