domingo, 3 de fevereiro de 2013
Abismo: a dor da rejeição amorosa
“Os sentimentos tanto na relação homo ou hétero são semelhantes. A situação pode não ser o que vc acredita ser. Quando se ama a visão fica nublada e numa situação como essa fica totalmente turva.”
“Quando uma pessoa não quer mesmo, não há nada que vc possa fazer… Apenas aprenda a respeitar as outras pessoas e entender que nem tudo que vc acha é real”
“Minha cara, ela não te ama, simplesmente ela sentiu prazer com você…”;
“Eu acho um erro assumir isso, que a outra pessoa nos ama, só está confusa. Você não pode entrar na cabeça ou no coração dela para saber se isso é verdade.”
“Não me leve a mal, mas apenas por experiência própria, não se apaixone pela dor. Já estive nessa situação de rejeição e sei que é doloroso, mas às vezes nos encantamos pelo nosso papel de vítima.”
Esses são trechos das sugestões que alguns internautas deram sobre o caso desta semana. Desde crianças, fomos condicionados à ideia de que o amor resolve tudo, portanto, achamos que a vida só tem graça se encontrarmos um grande amor. Quando iniciamos um relacionamento amoroso, a expectativa é a de que vamos nos sentir completos para sempre, nada mais nos faltando. Numa separação, poucos escapam dos sentimentos de perda e de vazio, que podem variar apenas de intensidade.
A antropóloga americana Helen Fisher, em sua pesquisa, concluiu que a rejeição por um amado afunda o amante em uma das dores emocionais mais profundas e perturbadoras que um ser humano pode suportar. Tristeza, raiva e muitos outros sentimentos podem passar pelo cérebro com tal vigor que mal se consegue comer e dormir.
Deixar de ser amado ou desejado afeta a autoestima, e as inseguranças reaparecem. A pessoa se sente desvalorizada, duvidando de possuir qualidades. O desespero que se observa em algumas pessoas durante e após a separação se deve também ao fato de cada experiência de perda reeditar vivências de perdas anteriores. Assim, não se chora somente a separação daquele momento, mas também todas as situações de desamparo vividas algum dia e que ficaram inconscientes.
Por mais que a dor seja grande, uma forte sensação de renascimento pode surgir após o fim de uma relação. Entretanto, alguns ingredientes são importantes para que isso ocorra: atividade profissional prazerosa, vida social interessante, amigos de verdade, liberdade sexual para novas experiências e, principalmente, autonomia, ou seja, não se submeter à ideia de que estar sem um par amoroso é sinônimo de solidão.FONTE:BLOG-Regina Navarro Lins