terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Segundo dia de júri dos músicos da New Hit terá depoimentos de suposta vítima e de testemunhas
O julgamento dos integrantes da banda New Hit recomeça, na manhã desta terça-feira (19), com os depoimentos da segunda suposta vítima e de mais testemunhas de defesa e acusação ao grupo.
O julgamento começou no início da manhã dessa segunda-feira (18), no fórum de Ruy Barbosa (a 323 km de Salvador), onde teria ocorrido o crime, em agosto de 2012.
No primeiro dia, cinco testemunhas e uma das supostas vítimas de estupro prestaram depoimento. O dia também foi marcado por protesto de movimentos feministas e dos direitos humanos, que pediram a condenação do grupo.
A juíza Márcia Simões interrogou a primeira das duas supostas vítimas, que voltou a confirmar a versão de que foram estupradas pelos integrantes do grupo. Ela esteve acompanhada de dois advogados. O depoimento durou três horas.
Nesta terça, a outra adolescente deve confirmar a versão apresentada anteriormente à polícia de estupro. Já os integrantes, conforme informou a defesa, devem negar a tese e reafirmar "sexo consensual" com as jovens.
Além da suposta vítima, outras cinco testemunhas de acusação prestaram depoimento. Por se tratar de caso envolvendo adolescentes, o processo corre em segredo de Justiça, e a imprensa não tem acesso à sala da magistrada onde ocorrem os depoimentos.
Segundo o Tribunal de Justiça da Bahia, durante o primeiro dia de instrução, os advogados de defesa da banda pediram a impugnação do depoimento da ginecologista que atendeu uma das vítimas e emitiu laudo médico apontando para um possível estupro. O pedido, porém, foi negado pela juíza.
A previsão inicial era de que os depoimentos acontecessem até a próxima quarta-feira (20). Porém, pela quantidade de testemunhas a serem ouvidas, os depoimentos podem durar mais tempo, já que ainda falta o interrogatório de mais de 50 pessoas.
O processo
Segundo o MPE (Ministério Público Estadual), que faz a acusação, serão ouvidas pela Justiça, além das duas vítimas, 11 testemunhas de acusação e 48 de defesa. Também serão interrogados os 10 denunciados no caso –os nove integrantes da banda e o policial militar que fazia a segurança do grupo e é acusado de acobertar o crime.
Por não ser um júri popular, o julgamento não deverá ter sentença dada imediatamente, e a juíza ainda poderá pedir novas oitivas antes de definir o destino dos acusados.