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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

domingo, 3 de março de 2013

FHC: comparar governos ‘chega a ser doentio’

Comandados por Lula e FHC, seus líderes de mais alta patente, petistas e tucanos guerreiam no noticiário há 11 dias. Um lado atira verbos, o outro devolve diatribes. E vice-versa. No auge do fogo cruzado, FHC pespegou em Dilma Rousseff o adjetivo de “ingrata”. Disse que a presidente “cospe no prato que comeu”. Abespinhado, Lula aconselhou o antagonista a “ficar quieto.” Não foi atendido. Neste domingo, como faz no primeiro final de semana de cada mês, FHC levou um artigo às páginas. Sob o título ‘Sem disfarce nem miopia’, o texto anota que “as forças governistas, depois de precipitarem a campanha eleitoral, voltaram ao diapasão antigo: comparar os governos petistas com os do PSDB.” Uma referência à decisão de Lula de escorar o lançamento da recandidatura de Dilma na velha tática plebiscitária. “Chega a ser doentio!”, escreve FHC. “Será que não sabem olhar para frente?” Para ele, as comparações não têm sentido porque abordam dois períodos distintos sem levar em conta que “as conjunturas mudam”. De resto, parte-se da premissa de que “tudo começou do zero no primeiro dia do governo Lula.” Irônico, FHC anota que a cartilha editada pelo PT para celebrar seus dez anos de poder federal mimetiza a velha tática soviética de manipular imagens e dados. Começa na foto da capa –“Dilma e Lula retratados como duas faces de uma mesma criatura” —e se estende ao miolo, que fala “o que aos donos do poder interessa”. “O PSDB não deve entrar nesta armadilha”, leciona FHC à sua infantaria. “É melhor olhar para frente e deixar as picuinhas para quem gosta delas.” Disponível aqui, o texto vai reproduzido abaixo. Lendo-o você saberá o que o general tucano enxerga à frente: “máquina enguiçada”, “viseira ideológica”, “dúvidas sobre inflação e responsabilidade fiscal”, “vunerabilidade externa” e “leitura míope do mundo”. As forças governistas, depois de precipitarem a campanha eleitoral, voltaram ao diapasão antigo: comparar os governos petistas com os do PSDB. Chega a ser doentio! Será que não sabem olhar para frente? As conjunturas mudam. O que é possível fazer em uma dada fase muitas vezes não pode ser feito em outra; políticas podem e devem ser aperfeiçoadas. Porém, na lógica infantil prevalecente, em lugar de se perguntar o que mudou no país em cada governo, em que direção e com qual velocidade, fazem-se comparações sem sentido e imagina-se que tudo começou do zero no primeiro dia do governo Lula. Na cartilha de exaltação aos dez anos do PT no poder, com capa ao estilo realismo socialista e Dilma e Lula retratados como duas faces de uma mesma criatura, a história é reescrita para fazer as estatísticas falarem o que aos donos do poder interessa. Nada de novo sob o sol: é só lembrar dos museus soviéticos que borravam nas fotos os rostos dos ex-companheiros caídos em desgraça… O PSDB não deve entrar nesta armadilha. É melhor olhar para frente e deixar as picuinhas para quem gosta delas. Quanto ao futuro, o governo está demonstrando miopia estratégica. Depois de quatro anos iniciais de consolidação da herança bendita, a política econômica teve de reagir ao violento impacto da crise de 2007/2008. Foi necessário, sem demora, expandir o gasto público, desonerar setores produtivos, ampliar o crédito através dos bancos públicos, etc. Em situações extraordinárias, medidas extraordinárias. Mas o cachimbo foi entortando a boca: a discricionariedade governamental tornou-se a regra desde então. Com isso, a credibilidade do BC foi posta em xeque, a transparência das contas públicas também. Cresceram as dúvidas sobre a inflação futura e sobre o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal.