domingo, 10 de março de 2013
Ipatinga (MG) recebe reforço para investigar morte de repórter
As polícias Civil e Militar em Ipatinga (220 km de Belo Horizonte) iniciaram um trabalho conjunto em busca dos suspeitos pelo assassinato do jornalista Rodrigo Neto de Faria, atingido por três tiros na madrugada de sexta-feira (9).
Agentes da capital mineira foram deslocados para a cidade, onde passarão ao menos 15 dias para investigar o caso.
O repórter de 38 anos fazia cobertura policial para a "Rádio Vanguarda" e o jornal "Vale do Aço" e, segundo o deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, havia denunciado à comissão o envolvimento de policiais em crimes conhecidos na região.
Neste domingo (10), o delegado de Ipatinga Ricardo Cesari já contou com o apoio da Polícia Militar e de ao menos quatro agentes do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Belo Horizonte para buscar informações sobre o caso. No total, 12 policiais civis fizeram diligências durante o dia.
"A investigação está a cargo da Polícia Civil, mas as denúncias anônimas recebidas no telefone 181 também são informadas à Polícia Militar. Hoje, este caso é uma prioridade", disse Cesari.
Segundo ele, nenhuma hipótese sobre o crime foi descartada, mas a principal linha é a de que tenha relação com a atividade profissional de Faria. A Polícia Civil já tem alguns suspeitos.
Na última quinta-feira (7), Faria saiu do jornal por volta das 21h e foi a uma lanchonete que costumava frequentar, segundo o editor-chefe do "Vale do Aço", Luiz Carlos Kadyll.
Testemunhas contaram à polícia que, depois da meia-noite, quando o jornalista entrava no carro para ir embora, homens em uma moto passaram pelo local e dispararam contra ele. Não houve anúncio de assalto, e os bens --notebook, máquina fotográfica, celular e carteira-- foram deixados no local.