domingo, 31 de março de 2013
Novos direitos de domésticos já abalam rotina de patrões e empregados
Os novos direitos dos empregados domésticos, que devem virar lei na próxima semana, já estão transformando a vida de aproximadamente 7 milhões de domésticos (dados da OIT), cerca de três quartos ainda sem carteira assinada.
A expectativa deve persistir até o meio do ano, quando, segundo o Ministério do Trabalho, devem ficar prontas as novas regras de itens como adicional noturno, demissão por justa causa, seguro-desemprego e FGTS.
Mas o custo vai aumentar (simulações feitas pela Folha com salários de nove entrevistados mostra acréscimo de no mínimo 6% e de até o dobro, nos casos mais extremos), e isso já está mexendo com a vida e as relações de empregados e empregadores e das famílias de lado a lado.
Em 16 histórias ouvidas pela reportagem, pelo menos 4 --um quarto do total-- cogita demitir ao menos um empregado, por não ter como arcar com o aumento de custo.
Outros empregadores pensam em mudar seu próprio horário de trabalho para evitar as horas extras ou em alterar a rotina da família, mandando a criança para a escola para evitar a necessidade de uma babá naquele período.
Do lado dos domésticos, a expectativa é grande em relação aos novos benefícios --e as dúvidas também.