segunda-feira, 18 de março de 2013
Serrinha é uma cidade sem fiscalização
Já faz quase duas semanas que o governo desonerou os produtos da cesta básica dos tributos federais. Os comerciantes, na ocasião, prometeram repassar a redução de custos para o consumidor, que está até agora esperando ver os preços mais baixos.
Parece que o governo não aprende. Promessa de empresário vale tanto quanto a de político em véspera de eleição.
O empresário brasileiro não está preocupado com nada mais além de aumentar os seus lucros. Para ele não existe essa história de função social de sua atividade, como prega a Constituição - ele nem deve saber para que serve uma Constituição.
A desoneração da cesta básica, que era para ser uma medida muito positiva, vai servir apenas para engordar as contas bancárias dessa turma, que só sabe chorar, se lamentar, e pedir benesses para o governo.
O consumidor não vai achar um mísero produto da cesta básica custando um centavo a menos.
E é bem capaz de, isso sim, daqui a pouco tempo, os preços subirem.
Porque grande parte dessa inflação que todo mundo diz que vai acabar com o Brasil é formada simplesmente pela ganância dos empresários, que estão se aproveitando da entrada desses milhões de pessoas no mercado consumidor para ganhar mais.
Poucos anos atrás os empresários fizeram uma campanha poderosíssima contra a CPMF, a contribuição que foi criada no governo FHC para beneficiar a área da saúde, mas que, com o correr do tempo ajudou o Orçamento federal como um todo e serviu como importante instrumento para coibir a sonegação de impostos.
Um dos argumentos para acabar com a CPMF era justamente esse de que ela ajudava a onerar o preço das mercadorias.
Pois bem, a CPMF acabou e não houve um só entre os milhões de micros, pequenos, médios, grandes e enormes empresários brasileiros que tenha se dignado a baixar, uma titica quer fosse, o preço de qualquer produto.
A dinheirama da CPMF deixou de ir para o governo, onde, bem ou mal, servia para bancar inúmeros gastos sociais, e passou diretamente para a conta dos nossos patrióticos empresários.Fiquei abismado quando ouvi do comerciante da vizinha cidade de Coité,que naquela Bela cidade o Botijão de gás é vendido a 26 reais,e que, por causa disso,ele vem recebendo ameaças.Ai eu pergunto;só quem vende "botijão barato"é perseguido?quem cobra preços exorbitantes como em Serrinha,não recebe nenhuma punição?só porque o preço é liberado, os donos de distribuidoras de botijão tem que ESCULHAMBAR?tirar o dinheiro da população pobre?com a palavra o Ministério público e defesa do consumidor