sexta-feira, 26 de abril de 2013
Aos 46, Malu Mader diz que se sente anacrônica e tem preguiça de falar com jovens
Por muitos anos, Malu Mader, 46, foi o que hoje seria o equivalente à "it girl" que será vivida por Sophie Charlotte, 23, em "Sangue Bom" (Globo), na qual ela também estará a partir de segunda-feira (29).
Bonita, elegante e talentosa, ela lançava tendências com personagens icônicas como a Cláudia de "Fera Radical" (1988) e a Duda de "Top Model" (1989). Agora, interpretará a garçonete pobretona Rosemere, uma mãe extremante dedicada, que vive para o filho adolescente Felipinho (Josafá Filho).
"Hoje em dia, quando você vai conversar com alguém mais jovem dá até uma certa preguiça", confessou. "São princípios diferentes, o jeito que você foi formado é outro."
"Às vezes dá uma sensação de anacronismo mesmo", admitiu. "Mas há de se achar um ponto em comum para a gente poder conversar."
"Eu ainda não tenho Facebook, não tenho Twitter, só uso o e-mail --e eu demorei um pouco para aprender", revelou. "Não tenho site, o único que existe meu é feito por fãs."
"Não estou falando que eu me orgulhe disso. Pelo contrário, eu quero me inteirar alguma hora", disse. "É como se há alguns anos sua avó dissesse que não sabia mexer na secretária eletrônica."
"Eu tive ao longo dos anos uma capacidade de autocrítica, de me reavaliar", afirmou. Eu não sou do tipo que diz: 'Sou assim mesmo, que se dane'. Tento dar um jeito de melhorar, principalmente para as pessoas que estão do nosso lado."
Malu estreou na televisão aos 16 anos em "Eu Prometo" (1983) e, desde muito cedo, fez sucesso. Mesmo assim, não gosta da comparação com os seis jovens protagonistas de sua nova novela.
Além de Sophie Charlotte, estão nos papéis principais da trama Marco Pigossi, 24, Fernanda Vasconcellos, 28, Humberto Carrão, 21, Jayme Matarazzo, 27, e Isabelle Drummond, 19.
"Quem tem talento, já é daquele jeito desde muito novo", elogiou, destacando que apesar da pouca idade nenhum deles é estreante. "E, mesmo que fossem, eu já vi atores jovens começando e que arrebentaram."
"Eu comecei um pouco mais acanhada", garante. "Será que é isso mesmo? Quando me elogiavam, eu sentia que ainda era cedo."