domingo, 28 de abril de 2013
Candidatos a prefeito nas capitais ainda devem R$ 42 milhões
Cerca de 70% das dívidas contraídas pelas campanhas de candidatos que disputaram o segundo turno nas capitais ainda não foram pagas. Reportagem do jornal O Globo mostra que seis meses após o término das eleições municipais, 13 postulantes saíram do pleito com as contas no vermelho e continuam sem pagar o que devem. Juntos, eles ainda precisam honrar R$ 42,8 milhões a fornecedores. A conta acabará sendo paga por todos os brasileiros, já que recursos do fundo partidário são usados pelas legendas para ajudar a quitar os débitos. Os maiores devedores continuam sendo as campanhas de Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB), que disputaram a prefeitura de São Paulo e têm a pagar hoje R$ 15 milhões cada uma. A maioria esmagadora dos devedores são candidatos derrotados, entre eles, o deputado federal Nelson Pelegrino (PT), que perdeu a eleição em Salvador. Do grupo de candidatos que acabaram a eleição endividados, somente três sanaram os débitos até hoje — o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB); o deputado federal Ratinho Júnior (PSC), que disputou a prefeitura de Curitiba; e o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior (PSD). Levantamento mostra ainda que nas capitais onde houve segundo turno, entre elas Salvador, os vencedores em dívida são minoria, um indicativo de que a doação de campanha, muitas vezes, vai além de simpatia ou identificação com partido ou candidato. Segundo a atual legislação, o calote eleitoral não acarreta em punição aos candidatos ou partidos, que poderão disputar novas eleições sem problemas.