domingo, 28 de abril de 2013
Governo divide Maracanã e esconde metade inacabada em evento-teste
As 27 mil pessoas que foram ao Maracanã neste sábado, dia do primeiro teste para a Copa das Confederações, viram dois estádios: um moderno, confortável e bem equipado para atender ao público; e outro fechado, em obras e sem condições algumas de receber torcedores.
Dividido em dois, o futuro placo da final da Copa do Mundo de 2014 abriu neste final de semana só sua metade pronta a convidados e imprensa. A segunda metade, a inacabada, foi escondida por tapumes e um esquema de segurança rigoroso, que impediu a movimentação de todos que assistiram ao amistoso entre amigos de Ronaldo e Bebeto.
Todos os espectadores, evidentemente, foram acomodados na metade pronta do Maracanã. Sentaram-se em cadeiras, desfrutaram de sistemas de som e iluminação excelentes, além de banheiros e bares dignos de um estádio de Copa.
Das suas cadeiras, porém, eles puderam ver, ainda que ao longe, a metade ainda em obras do Maracanã. Viram cabines de imprensa em construção, arquibancadas sem cadeiras e até banheiros químicos que serão usados no dia-a-dia da reforma do estádio, que ainda não foi concluída, ao contrário do que havia sido prometido pelo governo do Rio.
Do lado de fora, na metade inacabada, viram também montanhas de entulho, tratores e materiais de construção fechando alguns dos principais acessos do estádio. Passaram, inclusive, por calçadas que na noite do primeiro teste ainda eram terra pura.
Apesar disso tudo, quem foi ao estádio fez mais elogios que reclamações. Os shows na reabertura do Maracanã agradaram e o amistoso com ex-craques também. Teve 13 gols e terminou 8 a 5 para o time de Ronaldo "É muito bom estar aqui depois de tudo o que fizemos", afirmou José Clementino Santos Neto, operário convidado.
Os maiores problemas da reabertura do Maracanã foram a falta de transporte no final do jogo, a segurança e a estrutura precária oferecida à imprensa.