terça-feira, 2 de abril de 2013
Mortes caem nos principais feriados após nova lei seca
Após a lei seca ter ficado mais rígida, em dezembro, as mortes nas rodovias federais do Brasil caíram 13% nos principais feriados nacionais. Nas estaduais de São Paulo, a queda chegou a 37%.
Nas rodovias federais, a soma das mortes nos três feriados caiu de 445 para 388 em relação ao mesmo período de 2012. Nas estaduais paulistas, a redução foi de 114 para 72.
A tendência de diminuição ocorre tanto no número de vítimas como no de acidentes. Ela se repetiu a cada feriado individualmente e confirmada na Semana Santa, quando houve 10% menos mortes nas federais do país e 48% menos nas estaduais de SP.
Ela elevou a multa de R$ 957,70 para R$ 1.915,40 --valor que pode dobrar na reincidência. Também tornou válidos novos meios além do bafômetro para identificar um condutor alcoolizado, como testes clínicos, testemunhos e depoimento do policial.
Em 2008, quando a lei seca teve uma primeira versão mais rígida, também houve resultados positivos iniciais.
Em pouco tempo, no entanto, a quantidade de vítimas voltou a subir em parte do país --fenômeno atribuído ao relaxamento da fiscalização e dos motoristas.
MENOR NÚMERO:
As mortes nas rodovias estaduais de São Paulo totalizaram 22 na Páscoa (ante 42 no ano passado), menor número dos últimos cinco anos.
Nas federais do Brasil inteiro, 108 pessoas morreram --menor quantidade para a Páscoa desde 2009. No ano passado, foram 120 mortes.
Mesmo assim, a quantidade de motoristas flagrados bêbados é pequena em relação ao total de condutores abordados pela polícia.
Nas estradas federais, de 40.531 testes, 332 pessoas foram presas, menos de 1%.
Nas estradas estaduais paulistas, 94 condutores foram detidos na Semana Santa --crescimento de 262% em relação ao ano passado.
O risco é maior, em SP, nos trechos das rodovias federais na região metropolitana --de 959 mortes nos últimos três anos, mais de um terço foi a menos de 40 km da capital.
O acidente que mais causa mortes é a colisão frontal. Na Páscoa, em Minas Gerais, 76% das mortes tiveram essas características, de acordo com a Polícia Rodoviária.
A batida de frente é quase sempre resultado de ultrapassagens proibidas.