segunda-feira, 20 de maio de 2013
44 torcedores do Bahia foram ao Barradão pra ver a tragédia de perto
A esperança do técnico em eletroeletrônica Carlos Alberto Saturnino só morreu após o apito final. Não, ele não acreditava que o Bahia seria campeão, mas sim que poderia vencer o último Ba-Vi do Campeonato Baiano deste ano. “Na verdade é impossível dar cinco, mas dá pra pelo menos colocar água na cerveja”, disse, logo após o intervalo do jogo, que terminou empatado em 1x1.
Ele e outros 43 tricolores ignoraram a campanha “Público Zero” divulgada nas redes sociais durante a última semana e foram ao Barradão para torcer pelo Bahia de perto.
Assim como Carlos, o pedreiro Edson França não acreditava que o Bahia tivesse condições de reverter a vantagem do Vitória para ficar com o título. Mesmo assim, não conseguiu abandonar o clube do coração. “Não acreditava, vim porque sou Bahia mesmo. Não consigo abandonar”, disse. “Precisa de mudança tanto na administração quanto no time. Hoje o Bahia não é mais o Bahia que era há 30 anos”, lamentou.
Mesmo chateado, o funcionário público Edvaldo Costa, 51 anos, se deslocou de Cruz das Almas a Salvador para ver o clássico na arquibancada do Barradão. “Eu sou um tricolor que já viu muitas glórias e hoje vejo o Bahia nessa situação. Tem que tirar essa panelinha do Bahia. O time tem tantas glórias e tá passando por essa panelinha. Tem que mudar a diretoria”, disse. Foram disponibilizados 3.500 ingressos para a torcida do Bahia. Até sábado, apenas quatro ingressos tinham sido vendidos.