quinta-feira, 16 de maio de 2013
Em reunião com organizadas, MGF aceita oito das 11 exigências
O presidente do Esporte Clube Bahia, Marcelo Guimarães Filho, se reuniu nesta quinta-feira (16) – ao lado do presidente da diretoria executiva e vice-presidente administrativo, Maurício Castro Carvalho, e do vice-presidente de esportes amadores, Tiago Melo Cintra – com os presidentes das torcidas organizadas Bamor e Povão, Jorge Alberto de Souza Santana e Rosalvo Dates, respectivamente, para debater as 11 exigências presentes no documento enviado pelas torcidas ao mandatário nesta quarta (15).
Em entrevista ao Bahia Notícias, o presidente da Povão, Rosalvo Dates, declarou que dos 11 pontos, 8 foram acatados, completamente ou parcialmente, pelo presidente e pelos diretores presentes. De acordo com o mandatário, o primeiro ponto, o valor pago pelos sócios com direito a voto, foi aceito. Com isso, a mensalidade irá custar de R$ 30 a R$ 40. Além disso, os sócios do Torcedor Oficial do Bahia (TOB) há mais de um ano também terão as mensalidades reduzidas.
O presidente também se comprometeu a colocar no site oficial do clube um espaço para o torcedor se associar, com possibilidades de pagamento tanto em cartão de crédito quanto em boleto bancário. Para a disponibilização no portal, MGF deu um prazo de 20 a 30 dias. Dessa forma, estes sócios terão seus nomes publicados no site, juntamente com o número de associação.
A quinta exigência das duas torcidas organizadas, no entanto, não foi acatada. A Bamor e a Povão pediam a saída do diretor geral das categorias de base, Newton Motta. No entanto, ainda segundo Rosalvo, MGF se disse satisfeito com o desempenho da divisão de base, apesar de admitir que é preciso melhorar na questão estrutural. De acordo com o presidente, isso já está sendo feito por Tiago Cintra. Outro ponto não aceito foi a saída da Calcio. Marcelinho alegou que a empresa não é exclusiva e que, por isso, não acha necessária a saída. Jorge Alberto e Rosalvo, então, exigiram que o nome dos 30 a 40 parceiros, estimados pelo presidente, fossem colocados no site oficial da agremiação.
Outro ponto que foi vetado pela diretoria foi a retirada do filtro na escolha dos candidatos a presidente, devendo a eleição ser efetuada diretamente pela Assembleia Geral. MGF argumentou que, dessa forma, o clube ficaria vulnerável e que, atualmente, o Bahia se inspira no modelo de eleições do Internacional e Grêmio.
Em relação à reestruturação do marketing, Rosalvo disse que MGF concordou com a necessidade de mudança e prometeu que novas ações, principalmente com a torcida, serão feitas. Outro ponto, que era a mudança do Estatuto, também foi aceito parcialmente. O mandatário afirmou que se propõe a fazer qualquer mudança que vise democratizar o clube. O direito do sócio de votar em 12 meses foi acatado. No entanto, MGF disse que para ser votado o ideal é de 18 a 24 meses. Sobre sua própria renúncia, de acordo com Rosalvo, MGF afirmou “ser capaz de continuar e reverter a situação”, além de ter destacado as a volta à Série A em 2010 e o título baiano de 2012, como de costume.
Após a reunião, segundo o presidente da Povão, o presidente deu o prazo de 48 horas para dar uma resposta assinada por ele e prometeu tornar as promessas públicas. No entano, Rosalvo frisou que as duas torcidas organizadas não fizeram acordo nenhum com a diretoria e que estão apenas aguardando a resposta para, a partir disso, tomar novas providências.