sábado, 11 de maio de 2013
Ex-chefe do DOI-Codi diz que Dilma integrou grupo terrorista e nega assassinatos
Em depoimento prestado à Comissão Nacional da Verdade (CNV), nesta sexta-feira (10), o ex-chefe do DOI-Codi, o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, afirmou que a presidente Dilma Rousseff participou de “organizações terroristas” com o objetivo de implantar o comunismo no Brasil. Na opinião de Ustra, caso os militares não tivessem lutado, o Brasil seria dominado pela “ditadura do proletariado”. O depoimento do militar não era esperado já que ele conseguiu na Justiça uma autorização para permanecer calado durante o interrogatório. Ao chegar, pediu para fazer uma declaração inicial e depois respondeu a algumas perguntas.“Todas as organizações terroristas, e eram elas mais de 40, em todos os seus estatutos, seus programas está lá escrito claramente que o objetivo final era a implantação de uma ditadura do proletariado, do comunismo. O objetivo intermediário era a luta contra os militares”, afirmou.“Inclusive nas quatro organizações terroristas que nossa atual presidenta da República, hoje está lá na Presidência da República, ela pertenceu a quatro organizações terroristas que tinham isso, de implantar o comunismo no Brasil”, complementou. Segundo reportagem do G1, a assessoria de imprensa da Presidência da República informou que ainda não tinha conhecimento das declarações de Ustra. O militar tabém se recusou a responder perguntas sobre as torturas. “Está tudo escrito no meu livro, não vou responder. A titulo de cooperação, entreguei à Comissão da Verdade um livro com mais de 600 páginas onde detalho tudo, como era feitas as prisões, os inquéritos, tudo o que aconteceu. O meu depoimento que prestei está ali. Agi com consciência, agi com tranquilidade, nunca ocultei cadáver, nunca cometi assassinatos, sempre agi dentro da lei e da ordem. Nunca fui um assassino, graças a Deus nunca fui", disse. O cornel alegou que fazia parte de uma cadeia de comando e que apenas cumpria ordens.