sábado, 15 de junho de 2013
Associação Médica Brasileira entra com ação de improbidade contra o ministro da Saúde
A Associação Médica Brasileira (AMB) acusa o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de não ter usado R$ 17 bilhões que estavam disponíveis no orçamento da pasta entre 2011 e 2012. A entidade entrou com uma ação de improbidade para apurar o caso. “Nós todos reclamamos, inclusive o ministro, de que a saúde pública brasileira precisa de mais recursos. Então, a gente quer saber por que ele não utilizou nem o recurso que tinha disponível”, argumentou o presidente da AMB, Florentino Cardoso. Segundo ele, a denúncia foi feita pelo Tribunal de Contas da União, em exposição na Câmara dos Deputados. O ministério, de acordo com os dados do TCU, não teria usado cerca de 18% dos R$ 93 bilhões que tinha à disposição. Cardoso explica que o percentual está bem acima da média dos anos anteriores, que não teria passado dos 3%. “A gente imagina que a burocracia oficial para se fazer as coisas, a gente até imagina que seja difícil executar 100% do orçamento. Mas deixar de executar um valor tão importante, nós queremos saber por que. Essa não é a média dos anos anteriores”, questionou. Em comunicado divulgado à imprensa, Padilha atribuiu a ação à controvérsia em relação à contratação de médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil. “O ministro Alexandre Padilha lamenta que uma entidade médica recorra a este tipo de ataque por discordar do diagnóstico de que faltam médicos no Brasil e por tratar como tabu a perspectiva de atração de médicos estrangeiros para atuarem no Brasil”, diz a nota do ministério.