O vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima, esteve reunido nesta terça-feira (18), em Brasília, com o presidente interino do PMDB, o senador Valdir Raupp (RO), para discutir a situação da legenda na Bahia relativa às eleições de 2014. “Minha candidatura está posta, mas depende de uma série de fatores: se meu nome consegue unir as oposições, se há respaldo popular. Se isso for conseguido, serei candidato”, afirmou o presidente do PMDB baiano, em entrevista ao Bahia Notícias. De acordo com o ex-ministro, a reunião com Raupp faz parte de uma série de encontros prévios a um evento maior. “O diretório nacional tem se reunido com as executivas estaduais do partido. Haverá uma reunião do diretório na próxima terça [25], às 19h. Raupp está ouvindo as executivas para saber sobre as eleições”, disse. Ao comentar a informação noticiada pelo Estado de S. Paulo de que teria “comunicado” ao presidente do PMDB sua candidatura ao governo baiano, Geddel minimizou. “Sou secretário nacional do partido. Não preciso comunicar nada ao diretório. Todos sabem que quero ser governador, mas a decisão será no ano que vem”, avaliou.
Manifestantes fazem protesto no prédio onde mora Haddad
Cerca de 150 pessoas foram nesta terça-feira (18), por volta das 22 horas, protestar na frente do prédio onde mora o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), no Paraíso, zona sul da capital paulista. A manifestação, pacífica, foi acompanhada por quatro viaturas da Polícia Militar. O grupo ficou no local até a meia-noite e não houve confusão. A manifestação começou quando dezenas de pessoas que já participavam do sexto protesto do Movimento Passe Livre (MPL), que começou no fim da tarde na Praça da Sé contra o aumento da tarifa de ônibus, desceram a Rua Augusta. Ao chegar ao endereço de Haddad, o bloco ganhou o reforço de vizinhos do prefeito, até mesmo moradores do próprio prédio em que ele mora com a mulher e os filhos. Os manifestantes entoaram palavras de ordem: "Haddad nós paramos a cidade", "Não é só busão, também tem corrupção" e "Brasil, vamos acordar, o professor vale mais do que o Neymar". Privilégios de políticos, como o uso de passaportes diplomáticos e de jatinhos também foram alvos dos manifestantes, que aproveitaram para pedir cadeia aos condenados no julgamento do mensalão. A assessoria do prefeito informou que ele estava em seu apartamento com a família no horário dos protestos e cogitava cancelar um compromisso na manhã desta quarta (19) em Brasília, por causa das manifestações na frente do seu prédio.
Diante das mobilizações populares que acontecem em todo o Brasil, diversas personalidades resolveram se manifestar e apoiar a causa. E o cantor Caetano Veloso, que sempre opina sobre diversos temas espinhosos, não podia ficar de fora. Em postagem feita nesta madrugada em seu perfil no Facebook e site oficial, Caetano diz se identificar com os manifestantes: “Eles estão dando voz a sentimentos ainda inarticulados. Têm que nos fazer pensar. Relembro as passeatas dos anos 1960 e penso nos movimentos que se dão na Turquia agora, como se deram faz pouco nos EUA, na Espanha, na Grécia, em vários países árabes. Me sinto em sintonia com essas pessoas. A fala de Alckmin, reduzindo tudo a ação de baderneiros e vândalos, foi insensível. Está por fora”. Em seu texto, Caetano aproveita para criticar o posicionamento do colunista da Rede Globo, Arnaldo Jabor: “Não chamaria Jabor de burro, como acontece na cômica montagem que fizeram da fala dele com uma gravação minha dos anos 1970, mas acho superficial dizer que esses movimentos são pura ilusão nostálgica de grupos de classe média, que sonham com as marchas de que ouviram falar. Os 20 centavos podem não doer no bolso da maioria dos manifestantes mas são essenciais para os pobres que precisam de transporte público. Nada diz que jovens que não pertencem às classes necessitadas não podem reclamar por elas”.
O artista revela perceber a importância de notar que o fato de serem os protestos motivados pelo aumento das tarifas aponta para o problema gigante do transporte público no Brasil: “O Rio conhece uma tradição mafiosa nesse campo. Aqui, através desse sintoma que é o aumento do preço das passagens, os manifestantes estão dizendo que não engolem os modelos de negócios adotados para as obras relativas à Copa e à Olimpíada; que desconfiam dos planos de ampliação do metrô; que percebem que o povo brasileiro já sente os efeitos da inflação. São muitos níveis de insatisfação de que se esboça a expressão”. Diante de toda essa defesa do movimento, o cantor santamarense chama atenção para a questão dos vândalos infiltrados no movimento e da ação das autoridades que dão carta branca para a polícia agir de forma descabida: “Sou radicalmente contra vândalos que causam danos a prédios e monumentos. E sou radicalmente contra a atitude das autoridades que mandam a polícia descer o pau em qualquer manifestante. Como disse um jornal estrangeiro, o Brasil parece que esqueceu o que são manifestações públicas de protesto. Enfim, como na canção de Dylan, alguma coisa está acontecendo e você não sabe o que é, sabe Sr. Jones? Esperemos que seja algo que ajude o Brasil a se desamarrar”.
O artista revela perceber a importância de notar que o fato de serem os protestos motivados pelo aumento das tarifas aponta para o problema gigante do transporte público no Brasil: “O Rio conhece uma tradição mafiosa nesse campo. Aqui, através desse sintoma que é o aumento do preço das passagens, os manifestantes estão dizendo que não engolem os modelos de negócios adotados para as obras relativas à Copa e à Olimpíada; que desconfiam dos planos de ampliação do metrô; que percebem que o povo brasileiro já sente os efeitos da inflação. São muitos níveis de insatisfação de que se esboça a expressão”. Diante de toda essa defesa do movimento, o cantor santamarense chama atenção para a questão dos vândalos infiltrados no movimento e da ação das autoridades que dão carta branca para a polícia agir de forma descabida: “Sou radicalmente contra vândalos que causam danos a prédios e monumentos. E sou radicalmente contra a atitude das autoridades que mandam a polícia descer o pau em qualquer manifestante. Como disse um jornal estrangeiro, o Brasil parece que esqueceu o que são manifestações públicas de protesto. Enfim, como na canção de Dylan, alguma coisa está acontecendo e você não sabe o que é, sabe Sr. Jones? Esperemos que seja algo que ajude o Brasil a se desamarrar”.
Uma das reivindicações dos protestos desde a semana passada em todo o Brasil, a PEC 37, que retira o poder de investigação do Ministério Público, tem votação marcada para a próxima quarta-feira (26), no Plenário da Câmara. Após as manifestações populares, o presidente em exercício da Câmara, deputado Andre Vargas (PT-PR), voltou a defender o adiamento da votação. “Acho que a PEC 37 deveria ser votada no segundo semestre, já que há uma possibilidade de entendimento entre as partes e também um debate na sociedade”, declarou. O próprio autor do projeto, o deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), acredita em um acordo. “Estamos exaurindo esse processo de discussão, até para chegarmos a um denominador comum. Temos que pensar que o bom é satisfazer, atender a sociedade, a população e o cidadão, que não pode ter seus direitos desrespeitados.” Uma nova rodada de negociações entre as polícias e o Ministério Público está prevista para esta quarta-feira (19). A proposta ainda não aceita permite que o MP investigue, mas de forma excepcional, com regras e fiscalização da Justiça. “O que a polícia não concorda é com o Ministério Público realizar investigações sozinho, de forma paralela, concorrente”, explicou o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal, Marco Ribeiro. “A polícia só reconhece esse poder se for com ela", rebate o procurador da República Rogério Cunha. Apenas na esfera federal, o Ministério Público tem 34 mil inquéritos abertos. Informações da Agência Câmara.
Após manifestações contra as tarifas de transporte público em todo o país, pelo menos sete cidades reduzirão os valores cobrados até o próximo mês: João Pessoa (PB), Recife (PE), Cuiabá (MT), Porto Alegre (RS) Pelotas (RS), Montes Claros (MG) e Foz do Iguaçu (PR). As passagens ficarão entre R$ 0,05 e R$ 0,15 mais baratas. Segundo a Agência Brasil, políticos utilizarão reduções nos impostos para baixar os valores. Em Recife, João Pessoa, Cuiabá, Pelotas e Montes Claros, a alteração foi possível devido à Medida Provisória (MP) 617, de 31 de maio de 2013, do governo federal, que zera o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre a receita da prestação de serviços de transporte coletivo de passageiros. Já em Porto Alegre, o prefeito José Fortunati anunciou que encaminhará à Câmara Municipal um projeto de lei para diminuir a tarifa para R$ 2,80. A passagem de ônibus na capital gaúcha era R$ 3,05 e atualmente está fixada em R$ 2,85 por decisão liminar da Justiça. O projeto é para isenção do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e será enviado em regime de urgência. A redução em Foz do Iguaçu será de R$ 0,05, de acordo com publicação no portal da prefeitura. Na última sexta-feira (18), o prefeito Reni Pereira informou o novo preço da passagem durante visita do governador Beto Richa (PSDB) à cidade.