terça-feira, 2 de julho de 2013
Dilma descarta mundança na sua equipe econômica
A presidente Dilma Rousseff mandou um claro recado ao mercado financeiro ao dizer que o governo federal vai "olhar onde é possível e onde não é possível" cortar gastos públicos. Dilma aproveitou rápida entrevista concedida em intervalo da reunião com seus 39 ministros ontem para reafirmar a solidez das contas públicas em mensagem a investidores, em especial os estrangeiros. Segundo Dilma, o governo brasileiro está reagindo por meio do Banco Central e do Ministério da Fazenda, "garantindo hedge para quem quiser". No jargão econômico, as operações de hedge representam um tipo de proteção contra riscos. Ou seja, um contrato que bancos, empresas e investidores fecham para se proteger de flutuações exageradas nas taxas de câmbio e de juros, principalmente. "A política econômica americana mudou", disse a presidente, indicando que, neste novo cenário, haverá uma "transição" na gestão econômica brasileira. Dilma, no entanto, foi enfática ao garantir a permanência de Guido Mantega no Ministério da Fazenda e de Alexandre Tombini no Banco Central. "Não está a vista nenhuma mudança na equipe econômica." Segundo a presidente, o mundo está vivendo uma "flutuação das forças internacionais", que alteram rapidamente a cotação das moedas - no caso brasileiro, o dólar chegou a disparar a R$ 2,26 na semana passada.