quarta-feira, 24 de julho de 2013
Entrada de estrangeiros cria 'importabando' de médicos no país, critica presidente do Cremeb
O presidente do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), José Abelardo Meneses, chamou de “importabando” a entrada de médicos estrangeiros no país sem a necessidade de revalidação do diploma, medida incluída no programa Mais Médicos, anunciada pelo governo federal. O Cremeb e outras entidades representativas da categoria no estado protestaram nesta terça-feira (23) contra a medida anunciada pelo governo federal e o veto parcial da presidente Dilma Rousseff ao Ato Médico. Em vez de passar pelo exame “Revalida”, criado para avaliar profissionais de outros países, com o Mais Médicos, de acordo com o Ministério da Saúde, os trabalhadores de fora passarão por treinamento de três semanas em universidades brasileiras para avaliar a capacidade de se comunicar em língua portuguesa e as habilidades em Medicina. O programa pretende levar os profissionais para periferias e cidades do interior do país. “Um dos principais pontos que nós somos contrários é a entrada dos estrangeiros sem o Revalida, teste criado pelo próprio governo, o que já mostra o contraponto. Nós somos favoráveis à vinda dos estrangeiros, mas não sem passar pelo exame”, explica Meneses. O líder do Cremeb também afirma que a atuação de estudantes durante dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) criou um “hiato” porque determinaria o “serviço ilegal” da Medicina, por alunos do curso ainda em formação. “Além disso, já há prefeitos que anunciam que irão dispensar os profissionais já contratados nos municípios para aderir ao Mais Médicos e desonerar a folha de pagamento, porque os pagamentos passariam para o governo federal”, acusa o presidente do Conselho. Segundo Meneses, a categoria planeja discutir os pontos que considera negativos do programa com a prefeitura de Salvador e a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Ele ainda afirma que os médicos baianos podem fazer nova manifestação e paralisação na próxima terça-feira (20), a depender da resolução da classe nacionalmente.FONTE:BAHIA NOTICIAS