De acordo com a assessoria do TJ-BA, os números abaixo da expectativa apresentados pelo CNJ não dimensionam o esforço dos desembargadores em julgar processos de improbidade administrativa. Por meio de sua assessoria, o presidente da Corte, Mário Hirs, coadunou com o ministro Joaquim Barbosa ao afirmar que o tribunal “não será conivente com improbidade administrativa”. “Precisamos ter uma Justiça comprometida com a moralidade”, frisou Hirs.
Segundo a assessoria, 148 processos atrasados desde 2011 aguardam por julgamento até o próximo mês de dezembro, porém dificuldades administrativas têm retardado a decisão transitada em julgado nos casos. A justificativa utilizada sugere que o empenho dos desembargadores não está aquém do possível – o Judiciário baiano é um dos maiores e mais demandados em comparação com outros tribunais e a quantidade de juízes, desembargadores e servidores está abaixo do recomendado.
Meta foi sugestão da Corte
De acordo com levantamento do TJ-BA, no ano passado foram afastados oito servidores, três juízes e um desembargador do desempenho de suas funções a partir de processos de improbidade administrativa. No caso dos quatro últimos, eles foram aposentados compulsoriamente – o desembargador Rubem Dário Peregrino Cunha foi afastado assim que detectada sua participação num esquema de negociação de sentenças que depois foi confirmada.
“É um número considerável para o Poder Judiciário”, avaliou a assessoria do TJ-BA. Nos corredores do Judiciário baiano, no entanto, a declaração do ministro Joaquim Barbosa de que a situação do TJ no cumprimento da Meta 18 era “deplorável” foi encarada como uma reação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) às mobilizações que vêm acontecendo nas ruas.
Segundo uma fonte que preferiu anonimato, mantém-se a expectativa de atingir um percentual próximo do total para cumprir o julgamento dos 148 processos de improbidade administrativa até o final de 2013.