Embora o cenário seja de unidade, e o próprio vice-governador e presidente estadual Otto Alencar (PSD), em entrevista à Tribuna, tenha pregado esse conceito, as expectativas demonstram que os aliados ainda não apresentam tanta afinidade em relação ao debate pré-eleitoral. Nessa segunda-feira (29/7), o presidente estadual do PT, Jonas Paulo rebateu as declarações do líder pessedista de que o nome só sairá em 2014 e que as manifestações que acontecem no País devem ter impacto nos resultados. Segundo o líder petista, pelo avanço das conversas tudo caminha para que o PT, junto ao governador Jaques Wagner e aos demais partidos decidam ainda este ano a liderança que irá entrar como candidato à sucessão.
“Como não há uma candidatura natural, ela tem que ser construída, o que requer tempo, mas eu acredito que pelo que temos conversado com o PT nacional, com o governador, a candidatura sai ainda este ano. E eu gosto muito do ano 13, traz sorte”, afirmou. Segundo o dirigente do PT, as pesquisas qualitativas e os diálogos sinalizam amadurecimento nesse processo. O presidente do PT reiterou também a ligação com a eleição nacional. “É uma eleição que não tem autonomia”, disse, destacando que a aliança para reeleger a presidente Dilma Rousseff será a mesma no plano local.
Jonas desconversou sobre as consequências dos protestos no pleito do próximo ano. “Nós estamos convivendo bem com esse processo, a performance da militância petista foi muito boa no Dois de Julho e na festa dos 10 anos do PT. Estamos preparados para a agenda das ruas”, enfatizou. Por sua vez, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT), que se coloca como pré-candidato ao Palácio de Ondina, concordou com o aliado pessedista. “O quadro está muito nebuloso para se definir a candidatura agora em 2013. O melhor momento será em janeiro ou fevereiro. Mas isso será sob a coordenação do governador Jaques Wagner”, disse. Nilo também apostou que o cenário de movimentações nas ruas vai refletir eleitoralmente. “Com certeza vai ter influência no processo eleitoral”, reforçou.
Na oposição, também houve repercussão. O presidente estadual do DEM, deputado Paulo Azi, acordou a declaração de Otto sobre a tendência de união do grupo oposicionista em 2014. “Existe uma certeza da união que tem sido exteriorizada por todos os líderes dos partidos que integram o grupo”. Já o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) ironizou o vice-governador. “O que facilita a união em 2014 é a preocupação com a Bahia. Acima das divergências estão os interesses públicos, e o amor a nossa terra. Queremos resgatar a Bahia que ele mesmo ao se aliar a este governo está permitindo que se acabe”.
FONTE:Tribuna da Bahia