sexta-feira, 12 de julho de 2013
Leitor sugere estender serviço obrigatório de médicos para outras profissões
O artigo "Especialistas em gente", de Cláudia Collucci ("Opinião", 10/7), a respeito das medidas do governo para reformar a saúde pública brasileira, trata o tema com precisão. Com ou sem estrangeiros, não haverá evolução se não trabalharmos a gestão de saúde populacional, se não estimularmos os brasileiros a cultivar a saúde preventiva e monitorar os portadores de doenças crônicas, cuja incidência cresce.
Sem reduzir as consultas e internações desnecessárias, os índices alarmantes de absenteísmo nas empresas e os altos custos com assistência à saúde, vamos despejar mais médicos para lidar com velhos problemas.
MARÍLIA BARBOSA:
A proposta de serviço obrigatório dos médicos deveria ser ampliada para dentistas no SUS, advogados nas Defensorias Públicas, engenheiros e arquitetos na construção de casas populares, professores licenciados em escolas públicas, profissionais de turismo na Copa etc.
MARCELO MELLO MARTINS:
Sou doador da ONG Médicos Sem Fronteiras e recebo atualizações de suas campanhas. Pelo que vejo, nos rincões da Ásia e da África eles não têm equipamentos e estrutura decentes para trabalhar, e, na maioria das vezes, dependem de doações para tocar o projeto adiante. Eles não ficam reclamando de tudo como aqui, no Brasil. Encaram as dificuldades e lutam para salvar vidas. Por estas bandas, infelizmente, o corporativismo fala mais alto. E ninguém sai ganhando com isso.
GUILHERME FREITAS:
Em que mundo vivem os diretores das entidades médicas? Não deve ser o mesmo da grande maioria da população brasileira. Já vi sindicatos e associações de classe lutarem por aumentos e melhores condições de trabalho, mas é a primeira vez que vejo uma associação profissional ir contra a geração de emprego. Pode até faltar condições de trabalho na maioria das cidades, mas um médico de verdade pode ajudar a impedir que a situação piore.
DANIEL SANTOS :