segunda-feira, 29 de julho de 2013
Mais Médicos cobre 30% da demanda das cidades, aponta balanço
Até a meia-noite deste domingo (28), 4.657 médicos haviam feito a inscrição no programa Mais Médicos, que pretende levar profissionais a cidades do interior do país e a periferias de grandes municípios.
O número, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Ministério da Saúde, indica que a primeira rodada de inscrições pode cobrir até 30% da demanda feita por prefeitos de todo o país. Pelo Mais Médicos, as cidades pediram 15.460 médicos ao governo federal.
Do total de inscritos, 3.891 são médicos que já atuam no Brasil. Os demais, 766, têm registros profissionais em outros países (podendo ser estrangeiros ou brasileiros).
Os dados revelam que pouco mais de 25% dos 18.450 médicos que fizeram a pré-inscrição para a primeira rodada do programa finalizaram o cadastro e estão aptos a serem deslocados a cidades com falta de profissionais.
O balanço mostra que houve grande desistência por parte dos médicos brasileiros inscritos que atualmente cursam uma residência médica. Dos 1.270 profissionais pré-inscritos nesta condição, apenas 31 (2,44%) confirmaram suas inscrições, segundo a Saúde.
Para os médicos brasileiros a inscrição está encerrada; os médicos que atuam no exterior, minoria entre os pré-inscritos, ainda têm até o dia 8 de agosto para fazer o cadastro. Outra rodada de inscrições está prevista para ter início em 15 de agosto.
O próximo passo do Ministério da Saúde será cruzar os dados dos médicos inscritos com as cidades que demandaram profissionais. Somente após esse cruzamento de dados e a confirmação de interesse por parte do profissional, o governo saberá quantos médicos, de fato, irão para municípios cadastrados no programa.
O PROGRAMA
O Mais Médicos foi lançado pela presidente Dilma Rousseff em 8 de julho, com dois eixos centrais: levar médicos brasileiros e estrangeiros a cidades com carência desses profissionais, e ampliar em dois anos os cursos de medicina.
O programa ganhou críticas de entidades médicas, escolas de medicina e parlamentares. Uma campanha, difundida nas redes sociais, orientou médicos a fazerem a pré-inscrição --inflando os números do programa-- mas não finalizarem o cadastro.Fonte:Folha