terça-feira, 9 de julho de 2013
MGF é destituído da presidência do Bahia; Carlos Rátis é o interventor
Pela segunda vez, Marcelo Guimarães Filho deixa o cargo de presidente do Bahia. O retorno do interventor Carlos Rátis foi anunciado oficialmente pelo juiz Paulo Albiani no final da tarde desta segunda-feira (8) e, na manhã desta terça-feira (9), confirmado pela desembargadora Lisbete Maria de Almeida.
Além do interventor Carlos Rátis, o juiz informou que o responsável pelo Esporte Clube Bahia contará com uma equipe de apoio formada pelos advogados Alexandre Valente Derschum, Danilo Pessoa de Souza Tavares e Cyrano Vianna Neto. Ambos, exceção do escolhido para ser interventor, torcem pelo tricolor.
Mineiro, torcedor do Atlético Mineiro, Carlos Rátis é professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Faculdade Baiana de Direito e exerce a função de Diretor-Geral da Escola Superior de Advocacia da Bahia.
Não é a primeira vez que Carlos Rátis é nomeado para ser interventor do processo envolvendo o Esporte Clube Bahia. Em março de 2012, após decisão do juiz Paulo Albiani em suspender as eleições realizadas pelo clube, o advogado passou pela mesma situação.
O período, porém, foi curto. Rátis exerceu a função por apenas três dias porque, através de um efeito suspensivo concedido pelo desembargador Gesivaldo Brito, Marcelo Guimarães Filho retornou à presidência.
Como foi o julgamento:
Pontualmente marcado para às 8h30, o julgamento envolvendo o processo de intervenção do Esporte Clube Bahia atrasou. Quarenta minutos depois, às 9h10, foi dado início o da sessão. O primeiro a falar foi o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido também como "Kakay", responsável pela defesa da atual gestão do tricolor.
Na sustentação oral, defesa questionou a finalidade da ação promovida pela ex-conselheiro Jorge Mais. Foram quinze minutos. Mesmo tempo concedido para o advogado Pedro Barachisio, responsável pelo processo inicial sobre a intervenção.
Em seguida foi a vez da desembargadora Lisbete Maria de Almeida anunciar a decisão sobre o julgamento envolvendo a ação cautelar que deu efeito suspensivo à apelação já interposta pelo Esporte Clube Bahia contra sentença anteriormente definida. No caso, a intervenção. O discurso, que durou cerca de vinte minutos, resultou no voto favorável a intervenção que, de acordo com a decisão do juiz Paulo Albiani, terá o advogado Carlos Rátis como responsável pela administração temporária do Esporte Clube Bahia.
O segundo a votar foi o Dr. Edmilson Jataí. Posição também favorável ao processo de intervenção. Terceira e última pessoa a votar foi a Dra. Edinalva. Acompanhou a relatora, Lisbete Maria de Almeida, e o que decretou a destituição do presidente Marcelo Guimarães Filho.
Justiça:
Tudo começou no final de 2011. Às vésperas da eleição para presidente do Esporte Clube Bahia, no qual Marcelo Guimarães Filho era candidato ao segundo mandato, o tricolor Jorge Maia protocolou uma ação questionando a formação do Conselho Deliberativo do clube.
O autor, através do advogado Pedro Barachisio, afirma ter sido excluído do conselho de forma injusta do conselho sem direito de defesa.