O instituto Bahia Pesquisa e Estatística (Babesp) divulgou nesta sexta-feira (19) mais uma análise sobre a sucessão estadual e federal de 2014 e a avaliação dos governos, bem como o efeito das manifestações para as gestões. Ao todo, foram entrevistados 1.203 eleitores de 70 municípios baianos, entre os dias 8 e 17 de julho. Os dados apontam para um número expressivo de indecisos, tanto em âmbito nacional quanto local, prevê reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e vantagem, na Bahia, para qualquer candidato do DEM, seja Paulo Souto ou ACM Neto, único que supera o item "não sabe".
Conforme o levantamento, a administração da presidente Dilma Rousseff (PT) foi aprovada por 74,2% dos consultados (boa ou ótima, 28,6%; regular positivo, 45,6%), rejeitada por 25,1% (regular negativo, 12,1%; ruim ou péssima, 13%) e 0,7% não souberam opinar.
Já o governador Jaques Wagner foi abonado por 60,1% dos entrevistados (bom ou ótimo, 18,1%; regular positivo, 42%), recusado por 33,3% (regular negativo, 14,3%; ruim ou péssimo, 19%) e 6,7% das pessoas não souberam responder.
Caso as eleições fossem hoje, segundo o estudo, a presidente Dilma seria reeleita, com 44,9%, bem à frente da segunda colocada, Marina Silva (sem partido), com 14%. Aécio Neves (PSDB) somou 7,5% das indicações; o ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa – que nega candidatura –, 4,9% e Eduardo Campos (PSB), 1,5%. Quarenta pessoas (3,3%) disseram que votariam nulo e o número de indecisos chegou a 23,9%.
Em relação à disputa pelo Palácio de Ondina, a pesquisa espontânea – quando não são apresentados os nomes dos candidatos – apontou liderança para o atual chefe do Executivo baiano, impedido pela Constituição de concorrer a um terceiro mandato. Wagner aparece com 5,4%, seguido de ACM Neto (DEM) – que se diz não-candidato –, com 2,9%, e Paulo Souto (DEM), com apenas 0,5%. Três nomes – João Durval (PDT), Waldir Pires (PT) e Marcelo Nilo (PDT) – computaram somente duas indicações (0,2%), enquanto outros oito obtiveram uma (0,1%) – Cláudia Oliveira (PSD); Geraldo Simões (PT); Lídice da Mata (PSB); Mário Kertész (sem partido); Otto Alencar (PSD), Nelson Pelegrino (PT); Walter Pinheiro (PT) e Yulo Oiticica (PT). O verdadeiro campeão foi o item "Não sabe", que conquistou nada menos que 88,9% dos sufrágios, e 1,2% declararam voto nulo.
Seis cenários estimulados – quando os nomes são colocados – também foram simulados pela Babesp. No primeiro, Paulo Souto (DEM) encabeça a lista, com 25%, seguido de Geddel Vieira Lima (PMDB), 19%; Lídice, 12,1%; Nilo, 6,2% e Rui Costa (PT), 3,8%. Trezentas e quarenta e cinco pessoas (28,7%) ainda não sabem quem vai escolher e 5,2% apostaram na anulação do voto.
No segundo, com a inclusão do vice-governador Otto Alencar, Souto mantém a ponta, com 24,9%, seguido de Geddel, 19%; Lídice, 11,9%; Nilo, 6,1%; Otto, 4,6%, e Costa, 3,8%. Trezentos e três entrevistados (25,2%) estão indecisos e 5% declararam voto nulo.
Souto também lidera o terceiro cenário, em que há troca do candidato petista, com 24,6%, seguido de Geddel, 18,8%; Lídice, 11,7%; Nilo, 6,2%; Pinheiro, 4,9%, e Otto, 4,5%. Duzentos e noventa e três eleitores (24,4%) não sabem e 5% votam nulo.
No quarto módulo, sem Paulo Souto e com Neto, o prefeito de Salvador assume a ponta bem distante dos demais "concorrentes". O democrata vem em primeiro, com 30,9%; seguido de Geddel, 17,5%; Lídice, 11,5%; Nilo, 6,2%; Otto, 4,2% e Rui Costa, 3,5%. Duzentas e cinquenta e nove pessoas (21,5%) não sabem e 4,7% disseram votar nulo.
Na quinta simulação, com a participação de um pré-postulante tucano, Souto também venceria, com 24,3%. Geddel aparece em segundo, com 18,6%, acompanhado por Lídice, 11,9%; Nilo, 6,6%; Pinheiro, 5%; Otto, 4,1%, e João Gualberto (PSDB), 0,1%. Duzentos e noventa e cinco consultados (24,5%) não sabem e 5% pretendem anular o voto.
No sexto e último cenário, que troca novamente o nome do DEM e traz o nome do ex-prefeito de Salvador João Henrique, ACM Neto retoma a dianteira, com 30,8%. Na sequência aparecem Geddel, 17,4%; Lídice, 11,5%; Nilo, 6,3%; Pinheiro, 4,7%; Otto, 4,2%; João Henrique, 0,5%, e Gualberto 0,1%. Duzentas e trinta e cinco (19,5%) pessoas ainda seguem indecisas e 5% votariam nulo.
A pesquisa ainda avaliou o impacto das manifestações do mês de junho às gestões federal, estadual e municipal. Para 80,5% dos entrevistados, os protestos prejudicaram a presidente Dilma, enquanto 78,3% viram consequência negativa para o governo Wagner e 69,7% perceberam efeito na prefeitura de ACM Neto. A margem de erro é de 3,5 pontos porcentuais para mais ou para menos.FONTE:BAHIA NOTICIAS