Comparando-se o primeiro semestre deste ano com o mesmo período de 2012, observa-se o crescimento de 8,6% nos casos de aids em Feira de Santana. Respectivamente, 120 e 110. Os exames foram realizados no CTA (Centro de Aconselhamento e Testagem).
Os casos positivos são diagnosticados em todas as faixas etárias. Mas a maior quantidade é constatada entre os jovens de 20 e 34 anos. “É um período da vida no qual as pessoas desta faixa etária estão com suas vidas sexuais mais ativas”, diz a coordenadora do Programa Municipal de Prevenção DST/HIV/aids, enfermeira Vanessa Sampaio.
Além de não se aterem ao uso do preservativo durante o ato sexual, é uma fase da vida na qual elas também estão abertas a outras experiências, como compartilhar seringas durante o consumo de drogas. As camisinhas são distribuídas gratuitamente nas unidades de saúde. Podem ser encontradas em ONGs parceiras, como a Odungê.
Outro ponto analisado pela enfermeira é a diminuição da relação entre o número de homens e mulheres infectados pelo vírus nos últimos anos. Na década de 80, para cada 16 homens que contraiam o vírus, registrava-se apenas uma mulher. “Neste semestre, esta relação caiu para 1,44”, comenta.
Para ela, as mulheres se tornaram mais vulneráveis à doença porque enfrenta dificuldade para que o parceiro use a camisinha. “O marido (que às vezes tem vida sexual ativa fora do casamento) não aceita que a mulher dele peça que ele use camisinha, nem que ela coloque o preservativo feminino”. (Batista Cruz)
