Nem oba-boa pelo título da Copa das Confederações, nem insegurança pela derrota para a Suíça. A seleção brasileira que enfrenta a Austrália, neste sábado, a partir das 16h15, em Brasília, com acompanhamento em tempo real pelo Placar UOL, espera ser um time "zerado" com o passado e de olho no futuro. Para quase metade da equipe, a partida será uma chance de mostrar trabalho para tentar garantir uma vaga na Copa do Mundo, daqui a nove meses.
Luiz Felipe Scolari já indicou que de cinco a seis vagas estão abertas na lista de 23 atletas que disputarão o Mundial no Brasil. Nomes como Maicon, Ramires, Bernard, Jô e até Pato (provavelmente no segundo tempo), que ainda brigam para garantir seus nomes na lista final, terão uma chance de convencer o técnico neste sábado.
E as quatro vagas abertas no time para o amistoso deste sábado foram por imprevistos. Daniel Alves, Hulk e Fred, titulares na Copa das Confederações, foram cortados no início da semana por sofrerem lesões. Oscar se machucou no treinamento de quinta e, por isso, Ramires terá uma chance após o "castigo" de ficar de fora do torneio conquistado pela seleção por indisciplina.
Por enquanto, mais do que as chances, as palavras de Felipão podem dar alguma esperanças para quem não esteve na Copa das Confederações.
"Eu quero dizer que não tenho grupo fechado. Devo ter 17 ou 18 jogadores que não tenho que trocar, porque me dão o que desejam. Busco duas ou três posições. Vou fazer ainda algumas observações até o final do ano", disse o técnico.
O jogo contra a Austrália é o primeiro de uma série de seis amistosos. Na terça-feira, o time jogará contra Portugal, em Boston. Em outubro, serão duas partidas na Ásia e mais duas em novembro.
Ainda que a lista seja divulgada em maio de 2014, cerca de três semanas antes do início da preparação para a Copa do Mundo, Scolari pretende definir os nomes até o final de 2013.
Volta a Brasília contra gigantes australianos
Ainda que Felipão faça questão de dizer que a Copa das Confederações passou, que a "festa acabou contra a Espanha", o ambiente na Capital Federal traz algumas lembranças daquele início de torneio, quando o Brasil estreou vencendo o Japão, no dia 15 de junho.
O gramado ruim do Mané Garrincha é um fator que se repete. Outro é o clima de manifestações previstas para o dia da partida ao redor do estádio.
"Não sou a favor nem contra as manifestações. Deixo para as pessoas que tem que tomar conta disso. A área que eu tenho que tomar conta é o jogo, treinamento, ganhar da Austrália", disse o técnico do Brasil.
O que, sim, Felipão se ateve na semana foram orientações para enfrentar o rival deste sábado. Nos treinamentos da semana dedicou boa parte do trabalho orientando jogadas de escanteio, com Neymar de cobrador .
"Tem abrir a cobrança, não adianta jogar no meio dos grandalhões", disse ao atacante do Barcelona.
Já classificada para a Copa do Mundo de 2014, a Austrália tem na sua defesa o ponto forte. Os titulares das laterais direita e esquerda e a dupla de zaga todos têm mais de 1,85.
"Eles vão vir com 9 atrás, com sete ou oito jogadores com mais de 1,90. É um estilo de jogo bem diferente do que enfrentamos", prevê Felipão.
BRASIL X AUSTRÁLIA
Estádio: Mané Garrincha, em Brasília
Horário: 16h15
Árbitro: Henrique Cáceres (Paraguai)
TV: Globo e Sportv
BRASIL :Júlio César (Jefferson); Maicon, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Ramires; Bernard, e Neymar.
Técnico: Luiz Felipe Scolari
AUSTRÁLIA: Mark Schwarzer; Lucas Neill, Mark Milligan, Sasa Ognenovski, Rhys Williams; Matt McKay, Mark Bresciano, Robbie Kruse, Tommy Oar; Brett Holman e Josh Kennedy.
Técnico: Holger Osieck.
