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A Vaquejada de Serrinha é sem dúvida, a maior do Brasil em sua categoria. Pela cidade interiorana da Bahia passam nos quatro dias do evento, mais de 200 mil pessoas vindas dos municípios vizinhos, da capital baiana e de outros estados.
O Município de Serrinha, distante 170 km de Salvador, a uma altitude de 300m do nível do mar abre as portas da cidade para receber milhares de visitantes que vem de todas as regiões da Bahia e do mundo, para participarem dos festejos musicais e da Vaquejada que realizados todo mês de setembro. E é no Parque Maria do Carmo sob a coordenação dos Serra – Carlinhos, Vardinho e Augusta que tudo acontece.
Além dos diversos shows musicais que acontecem durante os quatro dias do evento, a derrubada dos bois não param e mais de 300 duplas de peões disputam acirradamente cada boi na arena.
A Vaquejada começa no primeiro dia do evento, quando também se inicia a seleção ou classificação das duplas de vaqueiros. Cada dupla enfrenta cinco bois. O primeiro boi vale 8 pontos, o segundo 9 pontos, o terceiro 10 pontos, o quarto 11 e quinto 12. Totalizando 50 pontos. E assim vai, 24 horas por dia até que se chegue a um vencedor. Tudo isso em 2 categorias; profissionais e amadores.
A história
A Vaquejada de Serrinha surgiu em 1967, quando Valdete Carneiro e Neném de Maroto resolveram criar um evento que significasse a bênção e a confraternização dos vaqueiros da região. Assim nascia a Vaquejada. Logo nos primeiros anos sentiu-se a importância do evento, que além de gerar renda e movimentar a economia da região, colocava o interior em evidência diante dos demais municípios do Estado.
Mas foi com a participação dos empresários Vardinho Serra e Carlinhos Serra que a Vaquejada ganhou mais notoriedade e credibilidade. Foram instituídos prêmios simbólicos que se tornaram valiosos e cobiçado. A cada ano a estrutura tornava-se maior e desenvolvida a chegar ao ponto de se realizar grandes shows com a apresentação de artistas nacionais, reunindo mais de 150 mil.
Hoje a Vaquejada de Serrinha é conhecida em todo o Brasil e no mundo, sendo considerada um dos grandes eventos populares brasileiros. Se pudermos fazer uma comparação, a Vaquejada de Serrinha está para o Nordeste assim como o Rodeio de Barretos está para o Sul e Sudeste do País. Nada deixa desejar a festa dos baianos ao evento sulista, nem na competição que em vez da montaria que em Barretos acontece, por cá é a derrubada do boi; nem nas atrações que por cá muitas vezes é melhor e com mais artistas e grupos musicais, e nem tão pouco na freqüência do público com muita gente bonita e alegre. Perde apenas para a quantidade de público, já que na região de São Paulo onde está localizado o Município de Barretos, a população é dez vezes maior que a da região de Serrinha, na Bahia. Porém, se formos comparar na proporcionalidade populacional, Serrinha traz maior número de pessoas à Vaquejada.
O Parque
Para homenagear D. Maria do Carmo, os irmãos Vardinho Serra e Carlinhos Serra construíram em 1998 o Parque Maria do Carmo, um grande parque com toda a estrutura digna de um grande evento do porte da Vaquejada de Serrinha, que conta com 175 mil metros quadrados, considerado o maior parque de vaquejada do Brasil, com capacidade de acolher em suas dependências, confortavelmente, mais de 100 mil pessoas por dia.
No Parque tem arquibancadas fixas para mais de 20 mil pessoas, 120 sanitários fixos, 28 camarotes, posto médico, churrascaria, 40 bares, posto do Banco do Brasil e estacionamento interno para mais de cinco mil veículos. Tudo isso sem falar na pista de vaquejada e nos dois palcos principais onde se realizam os shows.
O esporte
Numa pista de 120 metros de comprimento, por 30 de largura, demarca-se uma faixa aonde os bois deverão ser derrubados. Dentro deste limite será válido o ponto, somente quando o boi, ao cair, mostrar as quatro patas e levantar-se dentro das faixas de classificação. O boi será julgado deitado, somente caso não tenha condições de levantar-se. Participam desta competição sempre uma dupla de vaqueiros que terá direito a ter inscrito o animal designado para puxar em apenas uma vaquejada, ficando o "esteira" permitido a participar de duas provas.
O boi que ficar da pá para frente, em cima da faixa receberá nota zero de imediato. A disputa do Campeão dos Campeões será feita na ordem decrescente, ou seja, da última colocação para a primeira.
