O tenente-coronel José Dirceu Pereira, da Polícia Militar do Espírito Santo, flagrado ao ser parado em uma blitz da Lei Seca e suspeito de usar sua patente para fugir da fiscalização, em Vitória, foi afastado na manhã desta quarta-feira (30) de suas funções na assessoria jurídica do comando-geral da corporação. O afastamento foi feito por determinação do próprio comandante-geral, o coronel Edmilson dos Santos, informou a assessoria da PM.
Nesta terça-feira (29), o corregedor-geral da PM capixaba, coronel Marcos Celante, disse em coletiva de imprensa que o Ministério Público do Espírito Santo havia solicitado o afastamento de alguns policiais envolvidos no caso, mas que ele preferia avançar mais nas investigações antes de tomar alguma atitude. O caso ganhou o noticiário nacional horas depois e, nesta quarta, o afastamento do tenente-coronel foi anunciado.
Segundo a assessoria da PM, Pereira, que aparece em vídeo sem cinto de segurança e com o braço para fora da janela perguntando para o policial que o aborda se o PM sabe que ele é coronel da polícia, ficará afastado enquanto o IPM estiver em andamento. Nenhuma outra função foi designada para o oficial até o momento.
O corregedor-geral afirmou que a investigação deve durar 40 dias, prorrogáveis por mais 20. A reportagem solicitou entrevistas com o comandante e com corregedor da corporação, mas não obteve resposta até as 15h30 desta quarta.
Na abordagem ao tenente-coronel, um PM pediu ao oficial que apresentasse a carteira de habilitação de motorista e os documentos do carro. Ao ser informado sobre a patente do coronel, o policial afirmou: "Eu não conheço o senhor. Quero a identificação do senhor." O motorista, no entanto, mostrou a carteira de oficial da PM e deixou o local sem mostrar os papeis exigidos. O episódio foi narrado no relatório da blitz.