segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Presidente do DEM quer Souto candidato, diz que PT evoluiu e reconhece acertos de Lula
Ex-prefeito de Natal, ex-governador do Rio Grande do Norte e no segundo mandato no Senado pelo mesmo estado, José Agripino Maia é hoje presidente nacional do Democratas e tem uma tarefa árdua: recuperar um partido que perde votos desde 2000, mas que voltou a ganhar força, em especial na Bahia, com a eleição do prefeito de Salvador ACM Neto (DEM). A um ano da eleição para governador do Estado, o DEM se articula com a oposição – PSDB, PMDB e outros partidos – para lançar um nome de consenso, mas dentro da legenda é grande a pressão para que o antecessor de Jaques Wagner (PT) volte a concorrer: Paulo Souto. O cacique máximo do DEM deixou o pedido claro nesta entrevista ao Bahia Notícias: “Tomara que seja”. E a intenção é enfrentar uma sigla que cresce desde 2006 na Bahia, o Partido dos Trabalhadores, o qual o senador do RN avalia que “evoluiu” e concorda com o comunista Daniel Almeida, que sinalizou um distanciamento dos petistas da esquerda. “O PT entendeu que a filosofia que é a nossa [Democratas] é a certa para o mundo de hoje. O PT está evoluindo, muito embora demonizava [a direita] até pouco tempo, está se aproximando das privatizações”, cutucou o democrata. No entanto, além da presidente Dilma e de Wagner, o DEM e aliados têm um nome difícil de combater, o ex-presidente Lula, a quem Agripino credita parte do desenvolvimento do país. “Vamos reconhecer uma coisa positiva. Ele fez bem, ele estabeleceu a evolução do programa Bolsa Escola para o Bolsa Família”, admitiu. A importância da Bahia – “number one” – e a responsabilidade de ACM Neto em ser o novo líder do DEM também foram pontos abordados na entrevista exclusiva ao BN, além da possibilidade de Eliana Calmon concorrer ao Senado pelo partido. Agripino já avisou que o diretório estadual precisar arranjar espaço para a ministra.