Virtual candidata do PSB ao governo da Bahia, a senadora Lídice da Mata colocou, neste domingo, 3, um ponto final nas especulações sobre a permanência do seu partido no governo do petista Jaques Wagner. "Nós sairemos em dezembro", informou Lídice. O PSB ocupa apenas um cargo no primeiro escalão, a secretaria de Turismo comandada por Domingos Leonelli.
O desembarque do PSB do governo, segundo a senadora, foi tratada em recente encontro com o governador Jaques Wagner. "Quando nós conversamos, ficou claro que o caminho a ser buscado seria em dezembro", disse ela.
Este foi o mês estipulado por Wagner para que secretários e agentes públicos que pretendam disputar cargos eletivos em 2014 se desincompatibilizem dos cargos.
Lídice, que espera ter nova conversa com o governador na próxima semana, disse que a saída do PSB do governo não significa rompimento com o governador nem adesão ao campo da oposição.
"O governador já disse que não nos apoiará, o que não quer dizer que eu seja uma candidatura da oposição", diz ela. "Apenas não serei a candidata do governador e da base do governador".
A socialista acalentava ser o nome da base governista apoiada por Wagner. A colocação da pré-candidatura à Presidência da República do governador de Pernambuco Eduardo Campos, numa aliança com a ex-senador Marina Silva, tornou inviável esse apoio.
Além de Wagner trabalhar para fazer de um petista seu sucessor, provavelmente o secretário Rui Costa (Casa Civil), o governador teria dificuldade, como ele admitiu à própria Lídice, de se dividir em mais de um palanque, por conta da disputa nacional. Ou seja, a reeleição da presidente Dilma Rousseff, projeto do qual Wagner é um dos principais articuladores.
"Compreendo as dificuldades (dele), mas não podemos deixar de considerar o projeto nacional do PSB", disse a socialista. "A minha candidatura está posta".
Lídice disse que, por ora, está envolvida na consolidação da Rede Sustentabilidade no PSB e na formulação de um programa de governo para a Bahia, a ser discutido em encontro ainda este mês.
Sobre futuras alianças, a senadora disse ser cedo, porque as candidaturas só se confirmarão no final do ano. Mas disse que tem conversado com os partidos. Lembrou que PDT e PP, embora da base de Dilma, ainda não têm decisão nacional pelo apoio à reeleição da presidente.Fonte:Atarde