domingo, 24 de novembro de 2013
Clubes na degola pedem explicações à CBF após polêmica de J. Baptista
As diretorias de Bahia e Portuguesa irão cobrar uma explicação da CBF por conta do polêmico episódio envolvendo o meia Júlio Baptista, do Cruzeiro, neste sábado. Durante jogo contra o Vasco, no Maracanã, o jogador falou ao zagueiro Cris, do time adversário, para que fizesse logo outro gol, quando o placar da partida marcava 2 a 0 para o clube carioca no Maracanã.
A partida terminou em vitória vascaína por 2 a 1, e fôlego para o clube carioca, que chegou a 41 pontos na tabela de classificação e manteve esperanças de se livrar do rebaixamento. Clubes que agora pedem explicações, o Bahia tem 42 pontos e está imediatamente dos quatro últimos colocados. A Portuguesa, um pouco mais acima, tem 44 pontos, mas ainda não liquidou o risco de disputar a Série B em 2014.
"A gente estava discutindo, e ele falou para amaciar. "Vai, amacia!'. Falei: "Vai lá e faz o terceiro". São coisas do jogo, que acontecem. Poderiam pegar a frase inteira, mas pegaram só o momento em que falei "faz o terceiro". As pessoas podem interpretar de qualquer forma, que a gente está tentando amaciar, mas em nenhum momento isso aconteceu, tanto que tentamos fazer o segundo gol. O primeiro foi feito, o segundo não conseguimos fazer. Infelizmente acabamos perdendo o jogo", disse, em entrevista ao SporTV.
Após a partida, vídeos reproduzindo as frases de Júlio Baptista a Cris se propagaram pelas redes sociais e até a Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão, repetiu a imagem diversas vezes e promoveu debate entre comentaristas sobre a polêmica.
O técnico vascaíno Adilson Batista negou qualquer possibilidade de o Cruzeiro ter facilitado a vitória vascaína, em possível ajuda contra o rebaixamento.
"Não vejo por esse lado [Cruzeiro facilitar para o Vasco]. É preciso ressaltar o mérito do nosso time também. Jogamos bem. Acredito que o Júlio possa ter falado isso com outro sentido. Quando ele entrou, nós tivemos duas oportunidades claras e não fizemos. Então, ele fala algo como 'po, vocês não vão fazer outro'. É algo normal. O que ocorre é que o Cruzeiro já está pensando em 2014, e nós estamos diante de partidas decisivas"