O simbolismo dos resultados positivos nas últimas eleições municipais, quando o Democratas conquistou as maiores prefeituras da Bahia, a de Salvador e Feira de Santana, animou o partido na busca pela retomada
ao poder no Estado e elevou o nome do ex-governador Paulo Souto para o cenário das especulações de candidaturas ao governo em 2014. Esse ambiente tem mobilizado a sigla que pressiona o ex-gestor a aceitar o desafio de se colocar oficialmente como pré-candidato. Embora haja resistência do próprio, lideranças do partido estariam nos bastidores incitando-o a acolher o desejo majoritário dos democratas de lançá-lo na cabeça de chapa. Tem sido cogitado, até mesmo, um possível empurrão de lideranças nacionais, do DEM, a exemplo do presidente da legenda, senador Agripino Maia, e do senador e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves. Os tucanos costuram a parceria com o DEM na eleição para o Planalto e nos estados.
Mas, o presidente nacional do partido do DEM, senador Agripino Maia, negou ontem para a reportagem da Tribuna uma ofensiva da parte dele para que Souto seja candidato. Segundo o senador, não existe nenhum encontro agendado com o senador mineiro, o prefeito ACM Neto e o ex-governador, a quem ele considera “um dos melhores quadros do partido” para discutir a chapa baiana. “Não existe nada disso”, restringiu.
No DEM baiano há quem diga que essa conversa em torno de Souto pode se intensificar, mas a situação ainda não está clara e o objetivo é que em meio à articulação, as relações com outros partidos não sejam melindradas, a exemplo do PMDB.
Apesar da suposta pressão, o entendimento, entretanto, é de que Souto tem tempo para decidir por situar-se bem nas pesquisas e ser um nome com potencial eleitoral firmado no Estado. “Ele ainda está numa posição de indefinição. Essa questão só vai clarear em fevereiro, a não ser que o cenário exija alguma antecipação”, disse o presidente estadual do DEM, Paulo Azi.