SÃO PAULO, 2 Nov (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff avalizou a concessão de um "gatilho" para reajustar os preços dos derivados de petróleo "duas ou três vezes por ano", informou o jornal O Estado de S. Paulo neste sábado.
O objetivo é garantir "previsibilidade" aos planos de negócios da Petrobras, disse o jornal com base em informação de um auxiliar presidencial.
Segundo o jornal, o apoio da presidente ao plano da empresa representa uma vitória da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, na disputa em torno do tema com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Mas "a medida aprovada por Dilma, segundo o Palácio do Planalto, será calibrada em detalhe para tentar não pressionar a inflação, ainda a principal preocupação macroeconômica da presidente", disse o jornal.
No final de outubro, a diretoria da Petrobras submeteu ao Conselho de Administração da companhia uma nova política de preços que prevê reajustes automáticos e periódicos de combustíveis.
A metodologia deve contemplar reajustes automáticos dos combustíveis, mas impedirá o repasse da volatilidade dos preços internacionais ao consumidor doméstico, disse a companhia nesta semana.
A companhia explicou que a metodologia vai considerar variáveis como o preço de referência de derivados no mercado internacional, câmbio e ponderação sobre a origem do produto vendido, se refinado no Brasil ou importado. A periodicidade dos reajustes ainda será definida, segundo a nota da Petrobras do último dia 30.