Safaeian disse que é preciso realizar mais estudos antes de decidir alguma mudança, mas considerou que "esta descoberta é promissora para fazer campanhas de vacinação mais simples e baratas, com chances de ser implementadas em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento, onde ocorrem mais de 85% dos cânceres de colo de útero e onde a doença é uma das principais causas de morte relacionadas ao câncer".
Embora todas devessem receber as três doses recomendadas da vacina em diferentes momentos, isso não foi feito com 20% das participantes, explicaram os pesquisadores.
Assim, foram analisadas amostras de sangue de um grupo de 78 jovens que receberam uma dose única, em comparação com grupos de 120 a 192 mulheres que receberam duas ou três doses, como estava previsto.
Eles descobriram que todas as mulheres dos três grupos tinham anticorpos contra as cepas virulentas 16 e 18 do HPV.
Esses anticorpos permaneceram no sangue durante o máximo de quatro anos, que é aproximadamente o tempo que os cientistas esperavam que a vacina fosse eficaz.
Os níveis de anticorpos também mostraram um comportamento estável no tempo, apesar de serem sutilmente inferiores no grupo da dose única, o que sugere que estas "são respostas duradouras", informou o estudo.
O HPV pode causar câncer cervical (uterino), anal e orofaríngeo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer cervical é o segundo tipo de câncer mais comum em mulheres de todo o mundo e causa 500.000 novos casos e 250.000 mortes ao ano.