sábado, 30 de novembro de 2013
Família de Kátia Vargas contrata Ricardo Molina para cuidar do caso
O perito Ricardo Molina foi contratado pela defesa da médica Kátia Vargas, suspeita de provocar a batida que matou os irmãos no bairro de Ondina, em Salvador. Nesta sexta-feira (20), ele esteve na cidade para avaliar o carro da oftalmologista, a moto em que estava as duas vítimas e o local do fato. O perito não esteve na audiência de instrução, a primeira do caso, que ocorreu pela manhã, e já retornou para São Paulo. "Só trabalho em casos que eu acredito. Eu precisava ver o carro, a moto e o local do acidente. Fui ao DPT [Departamento de Polícia Técnica] hoje [sexta, 20]. A câmera [de segurança, que filmou parte da situação] não mostra o momento do acidente, não dá para inventar. Não há evidência material completa de que o carro bateu na moto", afirma ele, que analisou algumas imagens antes de aceitar a proposta. Molina atuou em casos como Chacina de Vigário Geral, CPI do Narcotráfico, Fernandinho Beira-Mar, Eldorado de Carajás, Eloá, Suzane Richthofen, Roriz, Paulo Maluf, entre outros. Antes de entrar no caso, em conversa com o G1, o perito falou sobre o papel da perícia em um processo como o que está em curso. "A perícia trabalha com a verossimilhança. É o princípio da perícia. O testemunho, em um acidente, é a coisa mais aleatória que se pode imaginar. As pessoas acham que viram. A coisa acontece muito rapidamente e a pessoa cria uma memória do futuro. Estimativas de velocidade estão quase sempre erradas. As pessoas não conseguem avaliar a velocidade subjetivamente", aponta.