O tabloide britânico "Daily Mail" publicou uma entrevista com Conrad Murray, médico que cuidou de Michael Jackson antes da morte do cantor. Na reportagem divulgada no domingo (24), Murray se defende das acusações de ter sido negligente com o cantor. Ele descreveu com detalhes os cuidados que tinha com Michael Jackson, segundo o jornal.
Conrad Murray foi condenado por homicídio culposo (involuntário) na morte do cantor Michael Jackson em 2009. Ele foi libertado da prisão em outubro de 2013, após cumprir dois anos da sentença, de quatro anos de detenção.
"Quer saber como eu era próximo dele?", perguntou Murray, segundo a reportagem, antes de dizer que tocava o órgão genital de Michael Jackson todas as noites para ligar um cateter, devido à incontinência urinária. "Ele usava calças escuras, pois depois de ir ao banheiro, ficava respingando por horas".
Murray também diz na entrevista, segundo o "Daily Mail": "Michael não sabia como colocar uma camisinha, então eu tinha que fazer isso para ele". A camisinha colocada por Murray era parte de um equipamento médico usado para incontinência urinária. Ela era ligada ao cateter, tubo que leva a urina a um recipiente. Murray diz que era uma das únicas pessoas em que o cantor confiava no fim da vida, e que fez tudo para salvá-lo. "Eu não matei Michael Jackson. Ele era um viciado em drogas. Foi Michael Jackson quem matou acidentalmente Michael Jackson", disse Murray, de acordo com o jornal.
O médico estava preso em uma cadeia em Los Angeles, e deixou a prisão no final de outubro deste ano. Uma mudança na lei da Califórnia permitiu que seu tempo de prisão fosse reduzido.
Muray, que atuava como cardiologista, foi considerado culpado em 2011 por causar a morte de Michael Jackson em junho de 2009 ao dar ao cantor uma overdose do potente anestésico propofol para ajuda-lo a dormir. Michael estava no meio de preparações para uma série de shows e Murray atuava como seu médico particular.