Neto Baiano vive boa fase no rubro-negro pernambucano. Foram cinco gols marcados em oito jogos que já valeram o apelido de Neto Ibaianovic, em referência ao atacante sueco Zlatan Ibrahimovic, do PSG. Na entrevista, o centroavante falou também sobre o Vitória e deu seus famosos pitacos no Bahia.
Como vão as coisas no Recife? Já está adaptado?
O momento é muito bom. A cidade é parecida com Salvador, o clima também. Tudo isso faz com que eu me sinta bem e possa desempenhar bom futebol dentro de campo. A torcida me apoia, incentiva. Isso faz com que meu futebol possa ser como foi no Vitória. Aqui tenho uma sequência de jogos, a confiança do treinador. Isso é importante para o jogador.
O que faltou para você no Goiás foi sequência?
Claro. Por isso saí do Goiás, não estava tento oportunidade. Entrava nos jogos e ficava só dez minutos em campo. Walter já estava numa fase boa, mas achei que ia ter mais chances depois dos gols do título goiano. Acabei não tendo essa sequência e preferi pegar novos ares. Tive chance de sair antes para o Atlético-PR, para a Portuguesa, e não quiseram liberar. Quando teve essa chance do Sport, exigi minha saída.
Você tem contrato até dezembro. Pensa em continuar no clube em 2014?
Sim, gostei muito de vir para o Sport. Estou bem adaptado. Queria ficar assim. Já tenho um carinho grande pelo clube. Aprendi a gostar do Sport, do pessoal daqui. Espero continuar. Se for renovado, se não for também, paciência. Vou tentar fazer o meu melhor.
Faltando cinco rodadas para o fim da Série B, o time é o terceiro com 53 pontos. Dá para dizer que o acesso está garantido?
O acesso está perto. Só depende da gente. A gente tem que fazer nosso trabalho, vencer três jogos de cinco. Temos dois jogos em casa. Temos que entrar em campos empenhados e tentar fazer resultados positivos.
Você sempre se declarou torcedor do Vitória. Está acompanhando o time na Série A?
Claro. Como sempre falei, o Vitória é o time do meu coração, time que torço. Estou torcendo para os meus amigos. Acho que o Vitória vai chegar na Libertadores. Espero que ganhe o mais rápido possível os jogos para chegar ao G4 e que o Bahia caia. Serão duas vitórias para mim, Sport subindo e Bahia caindo.
Você não acredita que o Bahia possa escapar do rebaixamento?
Está difícil. Os times de baixo estão pontuando. Vai cair, dessa vez não escapa.
Você nunca foi de deixar a provocação de lado e é dono de declarações taxadas de polêmicas. Acha que hoje falta mais um pouco disso?
Acho que no futebol os caras estão respeitando muito, que o que você fala vai motivar dentro de campo. Se fosse assim nos tempos antigos não existia futebol. Tem que ser verdadeiro. Às vezes acaba me prejudicando um pouco, mas falo e assumo. Todo mundo sabe que não gosto do Bahia, doa a quem doer.
Algum jogador serviu para você como referência em relação as provocações?
Vi o Romário uma vez levando um lenço para a torcida do Vasco chorar. Edmundo é outro também que vi fazer várias coisas. Aprendi alguma coisa com eles, em ser sincero no futebol.
Apesar do pouco tempo no Sport, já deu para escolher qual clube rival, Náutico ou Santa Cruz, vai ser o alvo das provocações no Recife?
Os dois. Estou esperando para o ano que vem. Podem esperar, vai ter essas farpas.
Nas comemorações dos gols, você tem beijado uma tatuagem no ombro. Qual o significado?
É uma homenagem a minha esposa, a Pabla. É a pessoa que eu amo, que me dá força, que está comigo na dificuldade. Uma pessoa que me ajuda em tudo, que só me passa coisa positiva. É a mulher da minha vida, a pessoa que eu amo.
Reportagem iBahia
