Pesa a favor de Ney Franco o fato dele estar desempenhando um bom trabalho no Vitória e também a facilidade dele em lidar com jogadores jovens. Além disso, não tem um salário muito alto, a exemplo do ex-técnico Muricy Ramalho, que custava R$ 700 mil aos cofres do Santos. Ney Franco foi procurado pelo Santos em agosto, mas a polêmica em que se envolveu com Rogério Ceni e a saída conturbada do São Paulo esfriaram as negociações.
Presidente do Vitória, Alexi Portela não se mostrou preocupado com o interesse do Santos e garantiu que Ney Franco está nos planos para a próxima temporada. "Ele vai continuar independentemente de conseguir a vaga na Libertadores, pois o contrato dele vai até o fim de 2014", disse ele, em entrevista ao Lancenet!.
Segundo o dirigente rubro-negro, o trabalho do treinador no Vitória superou as expectativas. "Muito bom, ele é muito importante para nós, deu uma consistência grande ao time. É um técnico que desde 2009 estávamos a fim de trazer e os resultados mostram que estávamos certos. Nem tivemos de fazer grandes contratações, trouxemos só o Luiz Gustavo. Ele deu outra cara ao time".
Bahia tem número ‘mágico’ para fugir do rebaixamento: faltam 8 pontos
A conta aparentemente simples fica bem mais complicada quando deixa a calculadora para ser resolvida no campo, com a bola rolando: 37+8= alívio. Pelo menos duas vitórias e dois empates nas próximas sete rodadas. É o Bahia pensando no que precisa somar para não ter subtraído o direito de disputar a Série A em 2014.
Volta e meia a matemática reaparece no Fazendão e, para esquecer de vez dos números, Bahia quer somar 45 pontos
"Não sou matemático, mas com 45 nenhum time caiu. Isso é um número virtual. Vamos jogo por jogo”, analisa o volante Rafael Miranda. Não é bem assim. Em 2009, o Coritiba foi rebaixado exatamente com 45 pontos - mas é verdade que se trata de um caso isolado. Desde a adoção do campeonato por pontos corridos com 20 clubes, em 2006, só aconteceu esta vez.
“Pelas minhas contas, não cai. Mas futebol não é fácil, pra que isso aconteça a gente tem que melhorar”. Aí sim Rafael Miranda tem toda razão. Para atingir 45 pontos, o Bahia precisa de aproveitamento de 38% - até inferior ao que tem hoje: 39,8%. Mas sabe aquela coisa da conta aparentemente simples que tem seus complicadores, né? Nos últimos cinco jogos, aproveitamento tricolor ficou só em 26,7%. São quatro jogos sem vencer, três derrotas e um empate.
Apesar dos adversários diretos na luta contra o rebaixamento seguirem colaborando, a ideia é resolver o problema com as próprias forças. “Vamos vencer uma de cada vez e fazer logo a nossa parte, pois estamos devendo. A gente sabe que a pontuação para não cair ainda está distante e a gente tem que o mais rápido possível fazer nossa parte e esquecer quem está embaixo”.
Com 37 pontos, o Bahia é o 15º na tabela, a quatro pontos do Z-4. Só não está em situação pior porque Fluminense e Vasco, adversários diretos na luta contra a degola, perderam seus jogos na rodada passada.
“Quando a gente tá dentro do jogo, só pensa no nosso jogo. É claro que quando o resultado não vem, a gente vai pensar na rodada, mas isso tem nos incomodado muito. Ainda dependemos só da gente. Depois que entra lá embaixo, pra sair é uma dificuldade imensa. Temos que pontuar logo pra não depender de ninguém”, frisa o volante.
Semana livre
Nada de esboço tricolor para o confronto das 16h de domingo, contra o Grêmio, em Porto Alegre. Cristóvão Borges não armou o time nos dois primeiros dias de treinos da semana. Ontem, o técnico deu ênfase a atividades físicas e táticas, sem dar sinais de como pretende escalar a equipe. Certo é que Hélder fica de fora, cumprindo suspensão automática. Marquinhos Gabriel, com um edema muscular, é dúvida. Souza e Fernandão estão de volta.
O grupo terá a semana inteira para treinar antes da partida contra o Grêmio. “Com cinco ou seis dias de treinos, você consegue recuperar jogadores, minimizar os problemas físicos. O Grêmio terá um jogo durante a semana. A gente tem que aproveitar a parte física”, adianta Rafael Miranda.
Fonte:Correio da Bahia